Ex-BBB Mahmoud sofre homofobia e é ameaçado de morte após foto nu
O sexólogo compartilhou uma foto em que aparece com o bumbum à mostra e foi atacado na web
Postar fotos de nudez ou seminudez se tornou algo comum na vida das celebridades que não têm medo ou vergonha da exposição e, salvo raras exceções, tal ato é aplaudido e comumente elogiado. Não foi o que aconteceu com o ex-BBB Mahmoud Baydoun, que se tornou alvo de homofobia expresso em comentários raivosos e de ódio, não pela foto em si, mas por ele ser gay. O famoso chegou a ser ameaçado de morte.
Na última segunda-feira, 1, o sexólogo, que ficou conhecido em todo o país após participar do BBB 18, atualizou sua conta no Instagram com um clique apreciando as belezas naturais de Guajará-Mirim, em Rondônia, sendo que na imagem ele aparece pelado, com o bumbum à mostra.
“Não basta pô a cara no sol, tem que pôr o bumbum também…”, legendou Mahmoud ao fazer a publicação.
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https://www.instagram.com/p/BoXwtXhhsCP/?taken-by=mahmoudbaydoun_
Apesar de vários elogios, Mahmoud Baydoun sofreu uma série de ataques homofóbicos, alguns comentários, inclusive, feitos em tom de ameaça.
“Tá apelando neh viado… ridículo”, escreveu um internauta. “Não vejo a hora de Bolsonaro ganhar logo… mandar você pro céu logo bicha ‘inrustida’… Você e o Pabllo Vittar ‘é’ o primeiro da lista (sic)”, disse um segundo, apoiador de Jair Bolsonaro.
Após a agressividade, o ex-BBB se manifestou em outra publicação, mostrando-se superior aos seus algozes.
“Rindo muito das pessoas me chamando de ‘queima-rosca’ e ‘viado’ nos comentários da foto de ontem, como se fosse uma novidade para mim ou como se fosse algo do qual eu tenha que me envergonhar. Eu tenho muito orgulho da minha orientação afetivo-sexual”, afirmou ele em uma resposta lacradora e empoderada.
“Vergonha eu sinto das pessoas que se escondem por trás das telinhas dos celulares para disseminar o ódio e vivem em casamentos forjados porque não têm coragem para ralar fora do armário e assumir o que são. Eu sou muito feliz com meu corpo, com minha sexualidade! Espero que eu queime cada vez mais rosca assim como espero que todas as pessoas consigam vivenciar a sexualidade da forma que mais lhes traga prazer e conforto sem tabu, sem amarras e sem recalque”, concluiu.
Saiba como denunciar homofobia
Embora não seja considerada crime, a homofobia é hoje uma das práticas de ódio mais comum no dia a dia. A ojeriza motivada pela orientação sexual de outrem deixa marcas que, quando não fatais, psicológicas.
No Brasil, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia, uma pessoa LGBT é morta a cada 19 horas. Em 2017, a entidade computou 445 homicídios desse tipo, o que representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior.
No link abaixo, saiba o que fazer em caso em caso de homofobia e como identificar quando você está sendo vítima de um ataque homofóbico.