Ex-mulher afirmou ter sofrido ameaça de Bolsonaro
Com informações da Folha de S. Paulo
A ex-mulher do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, afirmou ao Itamaraty, em 2011, ter sido ameaçada de morte pelo ex-deputado federal – motivo que a levou a deixar o país. Como prova, consta um telegrama arquivado no órgão, e consultado pelo jornal Folha de S. Paulo – que divulgou a notícia na tarde desta terça-feira, 25.
Dois anos antes, o casal travava uma disputa judicial sobre a guarda do filho do casal, então com 12 anos. O documento diz: “A senhora Ana Cristina Siqueira Valle disse ter deixado o Brasil há dois anos [em 2009] ‘por ter sido ameaçada de morte’ pelo pai do menor [Bolsonaro]. Aduziu ela que tal acusação poderia motivar pedido de asilo político neste país [Noruega]”.
Ana Cristina disse ainda, em um trecho registrado no telegrama, que foi procurada pelo vice-consulado do Brasil na Noruega, onde viajara na ocasião – e que o oficial “estava agindo em nome do deputado federal Jair Bolsonaro”.
- Volta do crédito consignado no BPC e Bolsa Família sofre reviravolta
- Receita afirma que governo Bolsonaro não tentou regularizar joias sauditas
- Carlos Bolsonaro engravidou ex-secretária de ministério, diz colunista
- Bolsonaro vira piada em talk-show americano, após atos terroristas no DF
Em entrevista à Folha, o diplomata Carlos Henrique Cardim, então embaixador e responsável pela assinatura do documento, disse se recordar do conteúdo. Contou que, em julho de 2011, foi acionado por escrito pelo Itamaraty, em Brasília, e também procurado por Bolsonaro, com quem conversou por telefone. Segundo Cardim, Bolsonaro se sentia contrariado pelo fato da ex-mulher ter viajado, sem sua autorização, com o filho para a Noruega.
Ex-servidora da Câmara Municipal de Resende (RJ), Ana Cristina usa o sobrenome “Bolsonaro” e é candidata a deputada federal pelo Podemos. Confira a matéria completa no site da Folha.