Ex-pivô do basquete feminino leiloa medalha de prata olímpica por R$ 35 mil

11/04/2016 10:10

A época de ouro do basquete feminino brasileiro, na década de 1990, rendeu ao país uma medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996. À época, a seleção contava com Hortência, Paula e Janeth, um timaço que o Brasil nunca mais viu igual.

Uma das jogadoras da época, a pivô Cláudia Pastor, ganhou os holofotes neste domingo, dia 10, com uma reportagem especial televisionada pelo Esporte Espetacular, da TV Globo. O motivo? Cláudia leiloou sua medalha de prata olímpica por R$ 35 mil.

Cláudia está de pé e é a primeira da foto, da esquerda para a direita
Cláudia está de pé e é a primeira da foto, da esquerda para a direita

Antes de começar com os julgamentos, você precisa saber que a ex-pivô tinha um motivo nobre e pelo qual valia a pena lutar: a saúde de seu filho.

Com apenas 13 anos, o jovem Maurílio sofre de uma doença rara, chamada Hamartoma Hipotalâmico. É um tipo de tumor benigno localizado no hipotálamo, região do cérebro que regula o metabolismo e a emoção, entre outras coisas. Maurílio sofre convulsões diárias por conta da doença, e ainda tem dificuldades de aprendizado.

Cláudia Pastor e Maurílio para o “Esporte Espetacular”
Cláudia Pastor e Maurílio para o “Esporte Espetacular”

Para conseguir realizar uma cirurgia em Paris, Cláudia contou com a ajuda de amigos, parentes e até desconhecidos que se sensibilizaram com a situação de mãe e filho, e conseguiu os R$ 100 mil necessários. Contudo, após a cirurgia, os médicos informaram que seria necessária uma segunda intervenção, mesmo Maurílio tendo apresentado uma melhora.

Cláudia Pastor e seu filho Maurílio para o programa “Esporte Espetacular”
Cláudia Pastor e seu filho Maurílio para o programa “Esporte Espetacular”

Com o leilão da medalha, Cláudia conseguiu juntar um novo valor expressivo para a segunda cirurgia, que acontecerá nesta quarta-feira, dia 13 de abril. Agora, resta torcer para que o procedimento corra bem.

Para o “Esporte Espetacular”, a ex-jogadora deu a seguinte declaração: “Essa medalha não vai mais ter só o sentido olímpico, o sentido da vitória de uma atleta que se dedicou e fez por merecer. Ela vai ter também o sentido da vida, ela vai ter o sentido da plenitude, de realmente proporcionar a uma criança uma vida plena, sem limitações”.