Ex-policial Derek Chauvin é condenado pela morte de George Floyd
A decisão para condenação foi unânime entre o júri
Nesta terça-feira, 20, o ex-policial Derek Chauvin foi condenado pela morte de George Floyd, um homem negro que morreu após sofrer asfixia por nove minutos. O caso aconteceu no estado de Minnesota, nos Estados Unidos. A decisão do júri popular que analisou o caso foi unânime.
Desde a última segunda-feira, 19, o júri estava reunido para discutir o caso e trabalhar em uma decisão unânime. Um pouco antes, foram ouvidos os depoimentos de testemunhas, defesa e acusação. Chauvin se negou a dar depoimento no tribunal.
O ex-policial foi considerado culpado nas três acusações de homicídio contra George Floyd: “causar a morte, sem intenção, por meio de um ato perigoso, sem consideração pela vida humana”; “negligência ao assumir o risco consciente de causar a morte de Floyd”; “homicídio culposo”.
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A pena da sentença do ex-policial será anunciada em dois meses pelo juiz. Isso porque nos Estados Unidos é comum que o condenado saiba o período que ficará preso dias depois. Logo após que condenação foi confirmada, ele saiu da sala de audiências algemado.
O presidente dos EUA Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, fizeram uma ligação por telefone para a família de Floyd. Na ligação, ele prometeu que trabalhará para aprovar leis que proíbam a violência policial e o racismo.
“Não há nada que possa fazer tudo melhorar, mas ao menos conseguimos ter alguma justiça”, disse Biden na ligação, divulgada pelo advogado da família de Floyd, Ben Crump.
Pessoas se reuniram no centro de Mineápolis em um local que ficou conhecido como a George Floyd Square, próxima ao local de morte do ex-segurança.
A namorada de Floyd, Courtney Ross, falou pouco antes do anúncio da sentença que a condenação de Chauvin seria o início para um movimento maior. “Talvez a gente esteja no epicentro da mudança”, disse Ross aos jornalistas que estavam na praça.