Exposições na Caixa Cultural retratam universo indígena

Por Redação
23/03/2009 18:06 / Atualizado em 14/03/2013 14:22

A Caixa Cultural São Paulo e a Embaixada dos Estados Unidos promovem até o dia 26 de abril, as exposições Legado Sagrado, do fotógrafo norte-americano Edward Curtis, e Retratos Yanomami, da brasileira Claudia Andujar, um paralelo das culturas indígenas do Brasil e dos Estados Unidos através do trabalho de dois dos mais renomados fotógrafos mundiais na temática indígena, a entrada é Catraca Livre.

Com coordenação e curadoria de João Kulcsár, as exposições apresentam juntas 88 fotografias – 60 de Curtis e 28 de Andujar. “O índio permeia a história norte-americana tanto quanto faz parte dos valores culturais e sociais que formam a identidade brasileira. Legado Sagrado e Retratos Yanomami propõem ao visitante um passeio imagético pela história dos povos indígenas. É a primeira vez que as exposições são montadas juntas no Brasil. Fazer uma mostra com fotógrafos de extrema qualidade técnica e estética como Edward S. Curtis e Claudia Andujar é uma contribuição inestimável para o momento atual do homem ocidental contemporâneo”, afirma o curador.

Em Legado Sagrado, as imagens de Curtis, pioneiro em revelar os costumes dos índios norte-americanos, mostram a sua arte no retrato e na paisagem, tanto em passagens da vida cotidiana como nos rituais indígenas. Esta exposição, criada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, mostra ao visitante a ampla diversidade das tribos norte-americanas. O acervo de fotos desta coleção pertence a Christopher Cardozo. “É uma oportunidade de ver imagens ampliadas em diversos processos históricos como Platina, viragem a ouro, fotogravura, entre outros”, explica Kulcsár.

Transpondo a temática indígena para a realidade brasileira, a exposição Retratos Yanomami, da fotógrafa suíça naturalizada brasileira, Claudia Andujar, retrata a luta do povo Yanomami pela preservação. Sempre entre a razão e a intuição, os cortes, enquadramentos e personagens de Claudia se arredondam para falar de uma incessante busca pelo entendimento e diálogo. “Claudia, em sua procura pelo eterno, leva para suas imagens a compreensão, a angústia, os devaneios dos indígenas”, afirma o curador.