Extrema pobreza atinge 13,5 mi de brasileiros; maior nível em 7 anos
Número é equivalente à população de Bolívia, Bélgica, Cuba, Grécia e Portugal
A leve melhora dos indicadores econômicos no ano passado não foi suficiente para reduzir a extrema pobreza no Brasil. Dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 6, revelam o país tinha 13,5 milhões pessoas com renda mensal per capta inferior a R$ 145, ou U$S 1,9 por dia, critério adotado pelo Banco Mundial para identificar a condição de extrema pobreza.
Esse número é equivalente à população de Bolívia, Bélgica, Cuba, Grécia e Portugal. Embora o percentual tenha ficado estável em relação a 2017, subiu de 5,8%, em 2012, para 6,5% em 2018, um recorde em sete anos.
De acordo com o estudo Síntese de Indicadores Sociais (SIS), a grande maioria das pessoas em extrema pobreza no país são pretas ou partas, mais da metade delas vive no Nordeste e não tem instrução ou ensino fundamental completo.
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O Maranhão foi o estado com maior percentual de pessoas com rendimento abaixo da linha de pobreza, (53,0%). Já Santa Catarina, que também se mostrou o estado menos desigual, apresentou o menor percentual de pobres.
“Esse grupo necessita de cuidados maiores, como políticas públicas de transferência de renda e de dinamização do mercado de trabalho”, diz André Simões, gerente do estudo.