Fã de Bolsonaro que desfilou com arma em carreata é morto por PM

Rodrigo Magalhães era eleitor declarado de Bolsonaro; o PM que atirou e matou também é pró-militar, que se tornou presidente no último domingo, 28

30/10/2018 16:21

Bolsonarista ostentou arma de fogo durante comemoração de vitória de Jair Bolsonaro
Bolsonarista ostentou arma de fogo durante comemoração de vitória de Jair Bolsonaro - Reprodução/Facebook

O bolsonarista Rodrigo Magalhães, de 29 anos, que desfilou portando uma arma de fogo durante carreata em comemoração à vitória de Jair Bolsonaro no último domingo, 28, foi morto a tiros por um policial militar no Piauí.

O assassinato aconteceu por volta das 14h, da segunda-feira, 29, após o mesmo desafiar o agente em um grupo de WhatsApp, segundo informações do portal O Dia.

Conforme a PM, ainda no dia da carreata em que Magalhães saiu pelas ruas em um carro vermelho ostentando a arma, o homem teria ofendido e ameaçado integrantes de um grupo pro-Bolsonaro, entre os quais estava o policial que atirou.

“Lá na carreata ele começou a exibir uma arma de fogo e no grupo começou a ameaçar todo mundo, querendo ordem e dizendo que não ia aceitar desaforo. Nesse grupo tinha um PM que saiu em defesa dos integrantes e o Rodrigo começou a ameaçar o policial, dizendo que não tinha medo de polícia”, informou o coronel Erisvaldo Viana, comandante da PM de Piripiri.

Rodrigo Magalhães era eleitor declarado de Bolsonaro; o PM que atirou e matou também é pró-Bolsonaro
Rodrigo Magalhães era eleitor declarado de Bolsonaro; o PM que atirou e matou também é pró-Bolsonaro - Reprodução/Facebook

Ainda segundo o coronel, Magalhães teria desafiado o PM e marcado um lugar para confrontá-lo pessoalmente. No entanto, no momento em que o guarda pedia apoio para prender Rodrigo, o mesmo acabou encontrando o agente e “desceu do carro com a espingarda em punho”.

“O policial verbalizou para que ele soltasse a arma diversas vezes, mas ele não soltou a arma”, completou Viana.

O homem foi alvejado por dois tiros na região do abdômen, não resistiu e acabou morrendo no local. O policial prestou depoimento e um inquérito será aberto para investigar a suposta prática de crime militar.