Evento exibe filmes finalistas e define ganhador do Cine MuBE-Vitrine Independente

Das duas da tarde às onze da noite o público poderá assistir a vinte e dois curtas-metragens e cinco médias de novas promessas audiovisuais

Neste sábado, 4, o Cine MuBE- Vitrine Independente chega a sua 4ª Edição configurando-se como um espaço para a exibição de novos realizadores. Das 14 horas às 23h, o público poderá assistir 22 curtas e cinco médias selecionados pelo curador Christan Petermann.

A premiação será definida por um comitê de jurados, entre eles, o diretor e produtor Guilherme de Almeida Prado, Rodrigo Salem (crítico de cinema e editor), Lia Vissotto (empresária e produtora cultural). O público também participa da votação.

“Pimenta”, de Eduardo Mattos

O começo da carreira cinematográfica de Eduardo Mattos foi tardio. Formado na área de exatas, Mattos soube fazer dinheiro com ela. Mas, não se sentia realizado na profissão. E, aos 27 anos foi cursar a Faculdade de Letras da Usp. Aos 35, entrou para a faculdade de Audiovisual da USP.

Hoje, com 45 anos, Mattos é dono de duas vidas. Na primeira, atua como servidor público para o Banco Central. E, na segunda, assume a vida de roteirista, onde se realiza escrevendo projetos e dos amigos que o convidam. “Gosto desta desvinculação. Muitas vezes, o mercado não dá tempo para o ócio necessário para a criação”, teoriza.

Ambientado numa Bahia da década de 60, o argumento de “Pimenta” surgiu a partir de um exercício de Eduardo Mattos durante o Curso Superior de Audiovisual da USP. Mattos teve a certeza de que o argumento viraria um curta após ganhar, há dois anos, um edital do Ministério da Cultura.

“Pimenta” foi apresentado no festival de Gramado e no Festival de Cinema da Bahia, onde recebeu o prêmio do público. Em São Paulo fez parte da Mostra Internacional recebendo o prêmio TV Brasil, no valor de trinta mil reais. O próximo projeto do realizador será mais urbano. “É um curta que se passa no centro de São Paulo”.

“Journée”, de Maria Fernanda Serson

Uma jovem do interior chega a São Paulo com sonhos de expor numa galeria de arte suas fotografias, que exploram a arquitetura da cidade. Formada em artes cênicas, “Journée” marcou a estreia de Maria Fernanda como diretora.

O curta nasceu do projeto de graduação da Academia Internacional de Cinema (AIC). Maria Fernanda queria falar sobre um tema próximo a ela. Buscou em sua experiência algo que fosse contundente falar sobre. Escolheu, portanto, a fuga. A vontade de ir embora diante de eventos na vida que demoram a acontecer. “Tenho essa urgência de querer ir embora, me encontrar em outro lugar”, reflete

“Journée” foi exibido no Festival de Goiânia, de Carajás e no Festival de Itú, onde foi o ganhador pelo Júri Popular. Maria Fernanda já pensa num segundo projeto. Em seu próximo filme quer falar sobre cachorros.

http://vimeo.com/user4322413