Fake News: mulheres que se depilam preferem Bolsonaro
Como se previa, a onda de Fake News não para de crescer. Chegaram a inventar, com imitação de voz, um apoio do padre Marcelo a Jair Bolsonaro. Espalharam que “Gina Indelicada” foi vendida para servir como base para a página “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”.
https://www.youtube.com/watch?v=Q2XdiozzCX0
Alguns mentiras são até mesmo hilárias: haveria uma pesquisa sobre a preferência eleitoral de mulheres que “gostam de depilar as axilas”. O grande vitorioso seria o candidato do PSL.
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Não há nenhum sinal – nem o mais remoto – de que qualquer pesquisa teria incluído essa questão.
Uma das boas notícias dessa eleição é o preparo dos meios de comunicação em lidar com a falsidade. Prova disso é o projeto “Comprova”. É uma aliança de 24 veículos de mídia com o objetivo de combater a desinformação durante o período eleitoral. Você pode sugerir checagens por meio do número de WhatsApp (11) 97795-0022.
‘Mulheres Unidas Contra Bolsonaro’
O grupo “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro” é o maior alvo de informações falsas. Uma delas é que a rede teve o número de seguidoras inflado porque seria originalmente um grupo de humor, que depois teria trocado de nome. A denúncia é falsa, de acordo com o próprio Facebook.
Outro argumento que tem circulado nas redes sociais é baseado na discrepância entre o número de integrantes que o Facebook exibe quando se busca pelo grupo e quando se consulta os inscritos dentro dele. A diferença é de cerca de 800 mil perfis.
Segundo um porta-voz do Facebook informou à Catraca Livre, isso acontece porque o número visível dentro do grupo, que é fechado, inclui pessoas que foram convidadas mas ainda não responderam ou não tiveram seu nome analisado pelas administradoras.
“O número de membros que está disponível para não-membros do grupo reflete apenas o número de pessoas que realmente participam do grupo”, diz o porta-voz. “As pessoas no Facebook são sempre informadas por uma notificação de que foram convidadas para fazer parte de um grupo. Só é possível receber convites dos contatos na plataforma, nunca por uma pessoa desconhecida e que não tenha nenhuma conexão online com você.”