Falso pai de santo é suspeito de estuprar 40 adolescentes na BA
Vítimas tinham entre 12 e 18 anos. Maioria delas era virgem, segundo a polícia de Barra
A Polícia Civil da Bahia acredita que ao menos 40 adolescentes, entre 12 e 18 anos, tenham sido estupradas por Claudemir Ferreira Rodrigues, de 32 anos, que se passava por pai de santo e usava o nome de entidades para cometer crimes.
Claudemir foi preso na última terça-feira, 24, no município de Barra, no oeste da Bahia. A maioria das, segundo a polícia, era virgem quando os abusos foram cometidos.
A casa onde Claudemir cometia os crimes ficava em um ponto afastado da cidade, permitindo que ele agisse sem levantar mais suspeitas. Ainda de acordo com o policia, as adolescentes eram atendidas individualmente dentro de um quarto, onde tinham seus olhos vendados e tinham que tirar peças de roupas para ficar nuas, por determinação dele. Os crimes já aconteciam há pelo menos quatros anos.
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O delegado responsável pelo caso, Jenivaldo Rodrigues, disse ao G1 que ao menos quatro depoimentos foram colhidos pela polícia desde a prisão de Claudemir.
Claudemir deve ser responder pelos crimes de fraude e estupro de vulnerável. O falso pai de santo será transferido para o presídio de Barreiras, também na região oeste do estado.
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Como proteger as crianças da violência sexual
Embora o abuso infantil seja um tema complicado de ser abordado, ele é extremamente importante. Primeiro, porque é algo que acontece frequentemente em muitos lares brasileiros e, segundo, porque ele pode ter consequências danosas às vítimas.
Por isso, é de extrema importância que os pais estejam cientes das seguintes dicas:
- Explique para a criança quais são as partes íntimas do corpo
É importante que as crianças aprendam a nomear corretamente as partes do corpo e saibam identificar o que é íntimo, assim ela pode relatar aos pais quando algo fora do comum acontecer. Explique que ninguém pode tocar nessas regiões e nem vê-las, apenas os pais quando forem dar banho ou trocar de roupa.
- Explique sobre os limites do corpo
Converse com a criança sobre permissão. Ensine que ninguém pode tocar as suas partes íntimas, nem ela não pode tocar nas partes íntimas de nenhuma pessoa, seja ela conhecida ou desconhecida. Alerte a criança para possíveis estratégias usadas por abusadores, como trocar carícias por doces, apresentar um “cachorrinho” e assim por diante.
- Incentive seu filho a conversar com você
Muitas vezes, os abusadores pedem às crianças para manterem o ocorrido em segredo, seja ameaçando ela ou de maneiras lúdicas. Por isso, ensine que segredos não são coisas boas e que ele sempre pode e deve contar a você tudo o que acontece. Lembre-se que essa relação de confiança é muito importante e, por isso, a criança NUNCA deve ser punida, criticada ou castigada por contar qualquer coisa sobre o seu corpo.
- Saiba o que ele está fazendo
Muitos dos casos de abuso infantil acontecem quando uma criança passa horas sozinha com um adulto, que pode ser um membro da família ou um conhecido. Por isso, saiba o que seu filho está fazendo mesmo quando você não estiver.
Se for preciso deixá-lo por horas com um adulto ou um adolescente responsável, tenha meios de vigiá-los por um tempo para saber como é esta relação ou prefira situações nas quais seu filho esteja junto a um grupo, pois isso dificulta a ação de abusadores.
Mesmo nesses casos, não baixe a guarda: tente saber sobre as pessoas que cuidarão da criança durante sua ausência. Por exemplo, se você for inscrever seu filho em um acampamento, saiba quem são os monitores e qual preparo eles possuem para prevenir e reagir contra um possível abuso.
- Preste atenção nas reações da criança
Sempre analise a reação da criança. Se ela demonstra não ter afeição por alguém próximo, que ela teoricamente deveria desenvolver afeto, tente entender o motivo.
- Identifique os possíveis sinais de um abuso
Não é fácil notar sinais físicos de um abuso sexual, mas é possível que a criança tenha alterações no seu comportamento, como: irritação, ansiedade, dores de cabeça, alterações gastrointestinais frequentes, rebeldia, raiva, introspecção ou depressão, problemas escolares, pesadelos constantes, xixi na cama e presença de comportamentos regressivos (por exemplo, voltar a chupar o dedo). Outro sinal de alerta é quando a criança passa a falar abertamente sobre sexo, de forma não-natural para a sua idade, física e mental.
Se você notar algum desses sinais, tome cuidado com a sua reação, porque ela pode fazer com que a criança se sinta ainda mais culpada. O importante é apoiar a criança, escutar o que ela tem a dizer e não duvidar da sua palavra. Busque ajuda e orientação profissional para que o seu filho consiga falar sobre o ocorrido e lidar com o fato.