Falso personal é preso por suspeita de infectar mulheres com HIV de propósito
Além da denúncia das vítimas, o Conselho de Educação Física do Amapá procurou a polícia para informar que o suspeito não tinha registro profissional
Um personal trainer foi preso por suspeita de infectar duas mulheres com o Vírus da imunodeficiência humana (HIV) propositalmente, no Amapá.
O homem, de 28 anos, estava sendo investigado pela polícia desde janeiro. Até que, na quarta-feria, 15, ele foi detido na academia na qual trabalhava, no centro de Macapá.
Segundo informações da Delegacia especializada em Crimes Contra a Mulher (DCCM), duas vítimas registraram o boletim de ocorrência contra o acusado e o laudo provava que elas tinham testado positivo para HIV após as relações sexuais.
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Uma delas disse que decidiu denunciar para tentar evitar que o mesmo acontecesse com outra pessoa: “Eu sei que para muitas pessoas pode ser muito difícil assim como foi pra mim, mas eu consigo ver isso, a atitude de denunciar, como uma prudência pra mim para que ele possa ser preso e pague pelo que fez”, afirmou a mulher ao g1.
Além disso, na manhã de quinta-feira, 16, o representante do Conselho Regional de Educação Física da 18ª Região procurou a delegacia para relatar que o acusado não tem registro profissional da profissão, ou seja, ele não poderia exercer o cargo.
Esta irregularidade, portanto, está sendo apurada separadamente.
Investigação
A delegada Marina Guimarães disse que o suspeito teria tido relações sexuais sem proteção com uma amiga “mesmo ciente de que seria HIV positivo”.
Ainda de acordo com a delegada, as investigações começaram após as vítimas relatarem que ele usava da função de personal trainer para se aproximar delas.
Foi então que a polícia começou a procura pelo suspeito. Até que, recentemente, chegou a informação de que ele estava trabalhando na academia.
O acusado foi preso e está à disposição da Justiça. A DCCM orienta, então, que outras possíveis vítimas a também procurarem a delegacia.
Contaminar um parceiro com uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) é crime e está previsto no Código Penal Brasileiro, no artigo 130.