Falta de pessoal é principal problema das delegacias da mulher
Pesquisa do Instituto DataSenado foi feita com 625 profissionais de 357 delegacias especializadas
Pesquisa inédita do Instituto DataSenado, em parceria com o OMV (Observatório da Mulher contra a Violência) e o Alô Senado, revela que a falta de pessoal é o principal problema enfrentado pelas Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher, apontado por 66% dos profissionais entrevistados.
O número de delegacias também foi citado como fragilidade: 57% afirmaram que a quantidade é insuficiente para atender à demanda _ a porcentagem sobe para 86% na região Norte. As informações são da Agência Senado.
Apesar de 57% dos policiais terem dito que a violência contra a mulher “não pode ser justificada”, 28% dos entrevistados acreditam que ela “pode ser justificada tanto pelo comportamento do homem quanto da mulher”. Se considerarmos apenas os policiais com mais de 20 anos de experiência no atendimento a mulheres em situação de violência, a porcentagem dos que culpam parcialmente a vítima sobe para 39%.
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Na maioria das delegacias especializadas (66%), não é oferecido apoio psicológico às mulheres. Salas reservadas para as vítimas registrarem o boletim de ocorrência, porém, são uma realidade em 69% dos casos.
A pesquisa revela também que, segundo 86% dos entrevistados, ainda há casos de mulheres que desistem de fazer o BO. O lado bom é que a frequência é baixa: 94% dizem que os recuos acontecem raramente ou às vezes.
Os profissionais que trabalham nas delegacias são em sua maioria mulheres (72%), com idades entre 30 e 49 anos (70%) e ensino superior completo (83%).
Foram entrevistados 625 profissionais de 357 delegacias especializadas. Quase metade das delegacias (48%) são exclusivas para as mulheres em situação de violência.
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