Fátima Bernardes ironiza fala de Martinho da Vila no ‘Encontro’

O cantor disse que é difícil para os homens identificarem quando é assédio ou paquera

31/10/2018 15:34 / Atualizado em 05/05/2020 12:05

Martinho da Vila e Fátima Bernardes no Encontro
Martinho da Vila e Fátima Bernardes no Encontro - Reprodução/TVGlobo

O músico Martinho da Vila foi o convidado especial do “Encontro” desta quarta-feira, 31, e acabou causando polêmica com uma declaração sobre assédio. Na ocasião, o cantor acabou, inclusive, sendo ironizado por Fátima Bernardes.

No programa matinal da TV Globo comandado pela jornalista foi abordado o assédio masculino às mulheres e, em determinado momento, Martinho da Vila tentou explicar como é difícil para os homens saber a forma “correta” de abordar uma mulher.

“Tem um lance. O cara que é solteiro, descompromissado, ele tá com problema pra quando ele… Ele conseguir chegar numa mulher”, iniciou o artista conhecido pela música “Mulheres”.

“Meu Deus, o que não é assédio? Qual é a maneira que vou chegar nela e que não é assédio? Isso também é uma questão”, disparou Martinho.

Fátima Bernardes ironizou “dúvida” de Martinho da Vila
Fátima Bernardes ironizou “dúvida” de Martinho da Vila - Reprodução/TVGlobo

Nesse momento, Fátima Bernardes fez uso da palavra e, de maneira elegante, ironizou Vila, afirmando achar “engraçado que essa [a dificuldade em saber se é assédio ou não] é uma questão masculina, mas não é uma questão feminina. A gente sabe quando é a paquera e quando é o assédio”.

“Muitos homens ainda pensam em qual seria essa diferença. Para as mulheres, é muito mais tranquilo. É quando ela não se sente invadida de alguma maneira. Quando aquilo é algo que a faça sentir enaltecida, não ameaçada”, completou a apresentadora.

Como agir em caso de assédio sexual ou estupro?

O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há assédio! Não importa qual roupa você esteja vestindo, de que modo você está dançando ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.

No Brasil, não há um crime específico que trate do assédio que ocorre na rua ou em outros espaços públicos. Isso, entretanto, não significa que estas condutas ficam impunes, já que as violências que chamamos de assédio podem configurar diversos tipos de atos ilícitos (crimes, contravenções penais ou até mesmo um ilícito civil).