Federação Mexicana lança campanha para acabar com a homofobia nos estádios de futebol
"Puuuto": grito homofóbico ganhou versão nas arquibancadas brasileiras e discriminação no esporte se torna debate internacional
Na Copa do Mundo de 2014, um grito ecoado pela torcida mexicana diante do tiro de meta adversário caiu no gosto da torcida brasileira. Ganhou até elogios por parte da mídia local, que sem saber, ou até mesmo sabendo, dava apoio a uma expressão discriminatória.
No Brasil, o grito ganhou coro e adaptação. “Bicha” se tornou “ofensa” nas arquibancadas. Enquanto isso no país onde surgiu, a federação mexicana não poupa esforços para excluir esse tipo de manifestação homofóbica durante os jogos da seleção.
A campanha pelo fim do cântico teve início após a Fifa multar cinco seleções nas Eliminatórios para a Copa do Mundo de 2018: Argentina, Chile, Peru e Uruguai. Na ocasião, o México foi obrigado a pagar R$ 75 mil pela penalidade. Ainda que na Copa do Mundo de 2014, a mesma Fifa tenha anunciado que não havia problema com esse tipo de manifestação.
- Pelé publica carta aberta sobre a Copa e a Seleção
- Afinal, Neymar fez o 22 depois de seu gol contra a Coreia do Sul?
- Boxeador mexicano faz ameaças a Messi, e jogador argentino rebate
- Videntes revelam quem vencerá a Copa do Mundo do Catar
Com a nova determinação, a federação mexicana decidiu lançar uma campanha com um vídeo onde os principais jogadores da seleção pedem respeito às diferenças e pregam o fim da discriminação nos estádios. A campanha chama-se “Abraçados pelo futebol” que também conta com um abaixo assinado.
Entre as propostas da campanha, destaca-se pontos básicos para uma convivência, minimamente, saudável:
- Aceitar todos sem que as diferenças sejam uma barreira entre vocês;
- Não depreciar ninguém por motivos raciais, de gênero, religiosos, políticos ou de nenhuma outra espécie, e não ofender ninguém pelo seu aspecto, origem, estado ou opinião;
- Dirigir-se à outra pessoa sempre com respeito, independente de divergentes pontos de vista, e evitar qualquer incitação ou manifestação de violência. Entre outras palavras, basta ser uma pessoa civilizada que fica tudo bem.