Quando os cincos continentes eram um só, era com a África que o Brasil fazia suas divisas. Veio então a separação geográfica e com a vinda dos negros ao Brasil, nos reencontramos com a cultura afro, que complementou a nossa miscigenação.

Já a viola, ao chegar de Portugal, no período colonial, sofreu suas adequações físicas, evoluindo principalmente nos meios rurais, distinguiu-se em cinco tipos: a paulista, a goiana, a cuiabana, a angrense e a nordestina.

Os tambores também chamados de atabaques ou tabaques, trazidos pelos escravos, foram utilizados em seus ritos e festas realizados nas fazendas antigas. Assim como a viola, os tambores também foram adaptados para outros ritmos, principalmente no nordeste, como o baião , o xaxado, o xote e também o coco. De tradição milenar, esses dois instrumentos marcaram a história da cultura afro-brasileira.

Na festa junina, Arraial das Violas e Tambores no Sesc Interlagos, a mistura desses dois instrumentos, ganha um espaço que confere novas sonoridades e ritmos às tradicionais festas juninas. Preparações inusitadas, com muitas cores e sabores, receitas tradicionais, ritmos marcados pelo som doce da viola caipira e a força dos tambores, farão referência aos espetáculos de: Rita Ribeiro, Pereira da Viola e Wilson Dias, Curima e Caraminga, Trio Caipira com a Orquestra Filarmônica de Violas, Quinteto Dona Zaíra, Trio Sinhá Flor e os Zabumbeiros Cariris de Juazeiro do Norte.

Toda essa musicalidade é acompanhada também pelas apresentações de dança afro-brasileira, cortejos de maracatu e coco, samba de bumbo, oficinas de ritmos corporais e contações de histórias.

E para a Terceira Idade no dia 18, terá o tradicional bingo, bebidas e comidas típicas, encerrando com o show da Mariângela Zan, filha do cantor e compositor de música caipira, Mário Zan, que apresentará grandes sucessos do pai com muito arrasta-pé, vanerão e forró.

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