Filho de fundador das Casas Bahia é investigado por suposto estupro e aliciamento
Saul Klein é investigado por acusações de estupro e aliciamento de ao menos 14 mulheres
O empresário Saul Klein, filho do fundador das Casas Bahia, é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por acusações de estupro e aliciamento de ao menos 14 mulheres.
Saul, 66 anos, é filho de Samuel Klein (que morreu em 2014) e irmão de Michael Klein, principal acionista individual da Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com.
O caso veio à tona após reportagem da Folha publicada no último dia 22 de dezembro. O inquérito corre em sigilo.
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De acordo com a investigação, Saul Klein teria estuprado e aliciado ao menos 14 mulheres em festas particulares realizadas ao longo de anos em sua casa. A defesa do empresário nega. Por decisão judicial, ele não pode se aproximar das denunciantes e nem pode deixar o país.
Segundo o jornal Extra, foram instaurados dois inquéritos policiais para apurar eventuais crimes. Um deles, que averiguava eventual exploração sexual de uma menor de idade por Klein, foi arquivado em julho.
O outro inquérito apura se as 14 mulheres foram aliciadas pelo empresário e se foram abusadas ou estupradas por ele em festas em sua mansão em Alphaville, na Grande SP.
Perícia psicológica
A Justiça também ordenou que o empresário Saul Klein terá que se submeter a perícia psicológica. A ordem da juíza Daniela Nudeliman Guiguet Leal, da 2ª Vara Cível de São Paulo, foi dada em um processo movido por Philip Klein, filho do Saul, que pediu a interdição do pai alegando que ele está dilapidando seu patrimônio de forma “acelerada” e “inconsequente”, conforme reportou o UOL.
Como agir em caso de estupro
Se você for vítima de estupro ou estiver auxiliando uma pessoa que tenha sido estuprada, os passos a serem seguidos são um pouco diferentes das dicas gerais fornecidas anteriormente.
É importante lembrar que o crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima. Portanto, forçar a vítima a praticar atos sexuais, mesmo que sem penetração, é estupro (ex: forçar sexo oral ou masturbação sem consentimento).
Uma pessoa que tenha passado por esta situação normalmente encontra-se bastante fragilizada, contudo, há casos em que a vítima só se apercebe do ocorrido algum tempo depois. Em ambos os casos, é muito importante que a vítima tenha apoio de alguém quando for denunciar o ocorrido às autoridades, pois relatar os fatos costuma ser um momento doloroso. Infelizmente, apesar da fragilidade da vítima é importante que ocorra a denúncia para que as autoridades possam tomar conhecimento do ocorrido e agir para a responsabilização do agressor.
Antes da reforma do Código Penal em setembro de 2018, alguns casos de estupro só podiam ser denunciados pela própria vítima. Isso mudou, o que significa que se outra pessoa denunciar um estupro e tiver provas, o Ministério Público poderá processar o caso mesmo que o denunciante não tenha sido a própria vítima.