O filme vencedor do Oscar “Manchester à Beira-Mar” supostamente teria servido de inspiração para um casal de Nova York encobrir o assassinato do filho adotivo deficiente de 16 anos no incêndio da casa deles mês passado.

O casal Ernest e Heather Franklin, 35 e 33 anos, está sendo acusado depois que, em uma audiência semana passada, o promotor Joseph McBride confirmou que a morte do adolescente ter acontecido antes do incêndio. Ambos vão ser processados por homicídio em segundo grau, incêndio criminoso e manipulação de provas físicas.

De acordo com uma matéria da NBC New York, a autópsia do adolescente revelou que não foram encontrados sinais de fumaça ou fuligem na boca, traqueia e brônquios do rapaz, um indicativo de que ele já estava morto no momento do incêndio.

A acusação tem utilizado postagens do casal nas redes sociais como indícios do crime. O casal adotou o garoto em 2012, quando ele tinha 12 anos, e estava se sentindo pressionado pelas limitações de saúde do adolescente, de acordo com os comentários postados por eles nas redes sociais.

O promotor McBride também alega que o comportamento do casal no momento do incêndio corrobora com a possibilidade de assassinato. “Eles estavam muito calmos e não tinham nenhum machucado que indicasse a tentativa de salvar o adolescente”, afirmou ao site da Vanity Fair.

O casal usou como álibi não estar na casa no momento do incêndio. O pai alega que estava distante procurando os cachorros da família, já a mãe, em uma loja. Mas não há indícios da presença dela em nenhum estabelecimento comercial.

Segundo o promotor, o casal teria assistido a “Manchester à Beira-Mar” poucas horas antes da morte do adolescente no incêndio. [Spoiler] No longa, que rendeu o Oscar de melhor ator para Casey Affleck, o personagem incendeia acidentalmente a casa, causando a morte dos dois filhos, mas não é processado por ter sido acidente.

• Leia mais: