Financiamento coletivo ajuda senegalês que teve corpo queimado em Santa Maria

Financiamento colaborativo arrecada doações financeiras para imigrante senegalês recomeçar a vida; saiba como ajudar

“Meus amigos brasileiros me queimaram”, foram as palavras do imigrante senegalês Cheikh Oumar Foutyou Diba, vítima de um ataque na manhã do último sábado, 12 de setembro, em Santa Maria (RS). Surpreendido por três homens enquanto dormia em uma rua da região central da cidade, o jovem de 25 anos teve a maleta com as bijuterias que vendia roubada, além do par de tênis e 500 reais. Seu colchão foi incendiado, causando graves queimaduras nos braços e nas pernas.

Após procurar ajuda em uma padaria próxima ao local do crime, Diba recebeu ajuda dos funcionários do estabelecimento e levado pelo Corpo de Bombeiros a uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), onde recebeu os primeiros atendimentos necessários.

Liberado ainda na tarde de sábado, foi acolhido pelo grupo de Direitos Humanos e Mobilidade Humana Internacional (Migraidh) — ligado ao curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Lá, Diba ganhou hospedagem e outros cuidados.

Ajude Diba a recomeçar

Nas redes sociais, o episódio gerou indignação coletiva, estimulando, assim, uma série de manifestações de apoio ao imigrante senegalês. Como a campanha de financiamento colaborativo idealizada pelo programador Leandro Hundermark Minato, 27 anos, no site Vakinha. A ideia é estimular doações, de qualquer valor, até 1º de outubro que ajudem Diba a recomeçar sua vida.

Campanha de doações acontece até o próximo dia 1º de outbro; faça sua parte

Além da vaquinha virtual, o sebo Camobi está realizando até o próximo sábado uma campanha de doação de donativos, que será finalizada com uma feira de vinis, cuja metade do valor arrecadado será destinado à vakinha.

Histórico de Diba 

Antes do ataque do último sábado, Diba revelou ao Migraidh que veio de Sapucaia para Santa Maria há cinco dias, onde estava hospedado no Albergue Municipal.  Na sexta-feira, não conseguiu chegar à instituição antes do horário de fechamento. De acordo com informações da Polícia Federal, Cheikh Oumar Foutyou Diba está regularizado no país e que tem passaporte.