Flávio Bolsonaro é banido pelo WhatsApp
Após a reclamação pelo Twitter, a conta do senador foi desbloqueada
Senador eleito pelo estado do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PSL) relatou nesta sexta-feira, 19, ter sido banido pelo WhatsApp. Após o post, o filho do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) disse que a conta já foi desbloqueada, “mas sem explicação sobre o porquê da censura”.
“A perseguição não tem limites! Meu WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido DO NADA, sem nenhuma explicação! Exijo uma resposta oficial da plataforma.”, escreveu o político na rede social, onde publicou uma imagem que mostra o bloqueio feito pelo WhatsApp.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a conta do senador havia sido banida há alguns dias, pois a empresa teria recebido reclamações de pessoas que estariam recebendo spam do número. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também teve a conta apagada pelo mesmo motivo.
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Irmão de Flávio, o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro também repercutiu o banimento. “Primeiro caso de banimento do whatsapp que tomo conhecimento ocorreu com o senador eleito @FlavioBolsonaro . O post que tenha motivado a punição não é informado. Se isso não é CENSURA eu não sei o que é…”, escreveu Eduardo nas redes.
WhatsApp notifica agências
Após o esquema descoberto pela Folha de S. Paulo, o WhatsApp enviou notificação extrajudicial para as agências Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market determinando que elas cancelem o envio de mensagens em massa e parem de usar os números de celulares obtidos pela internet. As contas dessas agências na rede social também foram banidas.
Segundo a reportagem publicada nesta quinta-feira, 8, empresários bancaram ilegalmente campanhas anti-PT com pacotes de disparos de mensagens em massa no WhatsApp. A prática é proibida pela legislação eleitoral porque representa uma doação não declarada feita por empresas.
Se forem comprovadas as irregularidades, a agência AM4 e outras serão notificadas pela Justiça. De acordo com o WhatsApp, o envio de mensagens com conteúdo eleitoral não fere as regras desde que utilize apenas nomes e telefones de apoiadores dos próprios candidatos, que voluntariamente os cederam.
Porém, o que foi feito é ilegal, pois diversas agências venderam bases de usuários de terceiros, de origem desconhecida, segmentadas por região e perfil. “Estamos tomando medidas legais para impedir que empresas façam envio maciço de mensagens no WhatsApp e já banimos as contas associadas a estas empresas”, informou o WhatsApp em nota.
Nesta sexta-feira, 19, a a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a ministra Rosa Weber, fará uma reunião com PT e aliados para discutir o caso.