“Flor da idade” dá segunda vida a flores no Rio

Depois de eventos, elas são doadas a velhinhos em asilos

Trabalhando com vídeo e fotografia em eventos há quatro anos, o casal Lenito e Flávia Ribeiro achava uma pena o desperdício das flores no fim das festas. Incomodados, começaram a pesquisar projetos em que pudessem se inspirar para reutilizá-las. Foi assim que descobriram o Flor Gentil, em São Paulo, e resolveram criar o Flor da Idade. Os dois projetos têm a mesma missão: no fim dos eventos, usam as flores para criar novos buquês, que são distribuídos a velhinhos em asilos.

Funcionando há dois anos, o Flor da Idade faz entre duas e três entregas por mês e só não consegue deixar mais velhinhas contentes porque têm apenas quatro voluntários. Mas doadores não faltam. Por isso, Lenito e Flávia também estimulam pessoas que entram em contato a organizar grupos para fazer suas próprias entregas.

“Às vezes pessoas de outras cidades ou estados ligam, mas não temos como fazer a entrega, então a gente orienta quem queira fazer. A ideia é mesmo jogar a semente para que a ideia se espalhe”, diz Lenito.

As sementes lançadas pelo Flor da Idade já fazem brotar sorrisos em cerca de 100 velhinhas que vivem em asilos na Ilha do Governador, onde funciona a ONG. E poderiam ser mais, se os velhinhos não fossem ainda tão resistentes à ideia de receber flores. “Os velhinhos realmente não gostam muito, mas as velhinhas adoram”, conta Lenito.

Quem quiser se oferecer como voluntário ou receber orientação para fazer sua própria distribuição pode mandar e-mail para contato@flordaidade.org