Freiras brasileiras são sequestradas por terroristas em Moçambique

As duas religiosas ficaram 24 dias em poder de extremistas islâmicos

Duas freiras brasileiras foram feitas reféns por 24 dias por extremistas islâmicos em Moçambique, na África. Ambas já foram liberadas, mas em estado de saúde debilitado.

Em entrevista ao programa “Fantástico“, da TV Globo, o brasileiro Dom Luiz Fernando Lisboa, bispo de Pemba, relatou que a vila de Mocímboa da Praia, onde as duas eram missionárias, foi tomada por radicais islâmicos no dia 11 de agosto.

As freiras Inês (à esq.) e Eliane com o bispo Dom Luiz Fernando Lisboa; as religiosas foram mantidas reféns por 24 dias em Moçambique
Créditos: Reprodução/TV Globo
As freiras Inês (à esq.) e Eliane com o bispo Dom Luiz Fernando Lisboa; as religiosas foram mantidas reféns por 24 dias em Moçambique

A irmã Inês está em Moçambique há 17 anos. É uma das freiras mais antigas em missão no país, que tem o português como língua oficial. A irmã Eliane há três anos trabalha como missionária na África.

“As duas chegaram bastante debilitadas. Uma delas com malária, com febre alta. Agora vão precisar de repouso, cuidados médicos e psicológicos”, contou o bispo brasileiro.

Terror em Moçambique

Pemba, a capital da província de Cabo Delgado vem sendo alvo de ataques terroristas no país. Cidades foram incendiadas, civis mortos e ônibus metralhados nos últimos dias.

O bispo afirmou que os ataques são coordenados por radicais que disseram pertencer ao Estado Islâmico.