Fuzil AR-15 é sorteado em rifa escolar e gera polêmica nos EUA
Rifa criada para ajudar time de beisebol infantil foi anunciada nas redes sociais horas depois do massacre na Flórida
Na última quarta-feira, 14 de fevereiro, um homem invadiu uma escola na Flórida (EUA), e portando uma arma de guerra, matou 17 pessoas e deixou outras 14 feridas.
A arma de guerra em questão, um fuzil modelo AR-15, é o prêmio de uma rifa que está arrecadando custos para um time de baseball, formado por crianças de 7 a 9 anos, de uma escola de Neosho, cidade no centro-oeste do país.
A campanha, que começou antes do ataque da semana passada, tem participação direta dos estudantes que ajudam a vender e promover a rifa. O prêmio foi concedido pelo pai de um dos jogadores da equipe, que também é co-fundador de uma fornecedora de armas da cidade.
Apesar de toda polêmica, que rendeu repercussão internacional, o treinador do time, Levi Patterson, afirmou em entrevista ao jornal ‘Kansas City’ que a ideia é fazer da rifa “algo positivo”.
Ele revelou ainda que, a princípio, pensou reconsiderar a rifa – sobretudo após se tornar alvo de críticas nas redes sociais. “Eu os aplaudo por lutarem pelo que acreditam. Apenas acho que têm uma visão desse tipo específico de arma que é diferente do que temos por aqui”.
Embora ressalte que nenhuma criança será obrigada a participar da campanha, nem que a rifa faz parte de qualquer bandeira política, o assunto logo ganhou destaque na internet. “Vocês são surdos? Uma AR-15 mata 17 pessoas e vocês rifam armas para esporte infantil?”, questionou uma pessoa.
Treinador lembra ataque na Flórida
Em resposta às críticas sofridas na internet, Patterson alega que o problema não está na comercialização de armas. “Rifas de armas acontecem há anos. O mau sempre existiu e para sempre existirá. Nossos corações ficam partidos por aqueles envolvidos, e não tomamos (o ataque) com leveza”.
Em meio à polêmica, o treinador da escola revela que, nos últimos dias, inúmeras doações foram realizadas – inclusive de outros estados. Para levar o prêmio para casa, o vencedor deverá apresentar um histórico de antecedentes criminais.