Fuzil AR-15 é sorteado em rifa escolar e gera polêmica nos EUA

Rifa criada para ajudar time de beisebol infantil foi anunciada nas redes sociais horas depois do massacre na Flórida

19/02/2018 17:13

Na última quarta-feira, 14 de fevereiro, um homem invadiu uma escola na Flórida (EUA), e portando uma arma de guerra, matou 17 pessoas e deixou outras 14 feridas.

A arma de guerra em questão, um fuzil modelo AR-15, é o prêmio de uma rifa que está arrecadando custos para um time de baseball, formado por crianças de 7 a 9 anos, de uma escola de Neosho, cidade no centro-oeste do país.

A campanha, que começou antes do ataque da semana passada, tem participação direta dos estudantes que ajudam a vender e promover a rifa. O prêmio foi concedido pelo pai de um dos jogadores da equipe, que também é co-fundador de uma fornecedora de armas da cidade.

Rifa criada para ‘ajudar’ time de beisebol infantil gerou polêmica nas redes sociais
Rifa criada para ‘ajudar’ time de beisebol infantil gerou polêmica nas redes sociais

Apesar de toda polêmica, que rendeu repercussão internacional, o treinador do time, Levi Patterson, afirmou em entrevista ao jornal ‘Kansas City’ que a ideia é fazer da rifa “algo positivo”.

Ele revelou ainda que, a princípio, pensou reconsiderar a rifa – sobretudo após se tornar alvo de críticas nas redes sociais. “Eu os aplaudo por lutarem pelo que acreditam. Apenas acho que têm uma visão desse tipo específico de arma que é diferente do que temos por aqui”.

Embora ressalte que nenhuma criança será obrigada a participar da campanha, nem que a rifa faz parte de qualquer bandeira política, o assunto logo ganhou destaque na internet.  “Vocês são surdos? Uma AR-15 mata 17 pessoas e vocês rifam armas para esporte infantil?”, questionou uma pessoa.

Treinador lembra ataque na Flórida 

Em resposta às críticas sofridas na internet, Patterson alega que o problema não está na comercialização de armas. “Rifas de armas acontecem há anos. O mau sempre existiu e para sempre existirá. Nossos corações ficam partidos por aqueles envolvidos, e não tomamos (o ataque) com leveza”.

Em meio à polêmica, o treinador da escola revela que, nos últimos dias, inúmeras doações foram realizadas – inclusive de outros estados. Para levar o prêmio para casa, o vencedor deverá apresentar um histórico de antecedentes criminais.