Gabriel Monteiro diz que vídeo sobre ‘matar gay’ é um ‘experimento social’

O vereador bolsonarista está sendo acusado de estupro e assédios sexual e moral

01/04/2022 17:59

Acusado de estupro e assédios sexual e moral, o vereador bolsonarista e ex-PM, Gabriel Monteiro (Sem Partido), falou no plenário da Câmara na última quinta-feira, 31, que o vídeo vazado na quarta-feira, 30, em que ele diz que “tem que matar gay e que tem raiva de gay” foi um “experimento social”.

Gabriel Monteiro diz que vídeo sobre ‘matar gay’ é um ‘experimento social’
Gabriel Monteiro diz que vídeo sobre ‘matar gay’ é um ‘experimento social’ - Reprodução/Instagram

“Saiu um vídeo meu dizendo: ‘Tem que matar gay, tem que ter raiva de gay’. Mas, o intuito do vídeo é um experimento social contra a homofobia. É claro que estou combatendo a homofobia. É evidente que existe uma pessoa no ponto comigo”, falou Monteiro, explicando o motivo. “Orientava para falar certas frases para ver se a pessoa tinha um pensamento distorcido, se era homofóbica, para eu chegar”, completou, na sequência.

Assim que identificava a pessoa “homofóbica”, Monteiro entrava em “ação”. “No vídeo fica evidente que tem gente que é homofóbica e eu vou lá e desconstruo na democracia os argumentos dela. Tinha gente que dizia que gay é do diabo, que passa doença, que tem que ser expulso do Brasil”, disse. “Pensamentos babacas e a gente fez um experimento social, como inúmeros quadros e canais no YouTube fazem”.

Homofobia é crime

Desde junho de 2019, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo.

Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.

Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.

Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano.