General Heleno diz que apreensão do celular pode ter ‘consequências imprevisíveis’

Em atentado à democracia, General Heleno se torna alvo de críticas nas redes sociais

Em atentado direto à democracia,  no início da tarde desta sexta-feira, 22, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, classificou o pedido de apreensão do celular de presidente Jair Bolsonaro como ‘inconcebível’ e ‘inacreditável’.

O militar da reserva afirmou ainda que, em caso de apreensão do celular, o GSI  faz  um “alerta” às autoridades  e que tal atitude “poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

Ele escreveu: “Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder, na privacidade do presidente da República e na segurança institucional do país.”

 
 

Interferência na PF

Nas redes sociais, analistas políticos creem que a declaração de Heleno visa um único objetivo: desviar a atenção quanto à divulgação do vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro, supostamente, desejou interferir na direção da Polícia Federal, após denúncia feita pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro.

Após assistir ao conteúdo da reunião, o ministro solicitou a busca e apreensão dos celulares do presidente e de seu filho, Carlos Bolsonaro, com objetivo de fazer a perícia. Cabe, então, ao procurador geral da República, Augusto A analisar os pedidos e se manifestar.