General que defende golpe de 64 é indicado à presidência da Funai
Durante os 21 anos de ditadura militar no Brasil, ao menos 8, 3 mil indígenas foram mortos em massacres, remoções forçadas de territórios, contágio por doenças infecto-contagiosas, prisões, torturas e maus tratos
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira, 6, o general da reserva do Exército Sebastião Roberto Peternelli Júnior, 61, revelou ter recebido um convite do PSC (Partido Social Cristão) para presidir a Funai (Fundação Nacional do Índio) . A decisão deverá ser anunciada pelo governo interino de Michel Temer nos próximos dias.
Efusivo defensor da ditadura militar, que durante 21 anos foi responsável pela morte de ao menos oito mil indígenas, Peternelli divulgou em março do ano passado uma imagem em homenagem ao golpe de 1964. “52 anos que o Brasil foi livre do maldito comunismo. Viva nossos bravos militares! O Brasil nunca vai ser comunista”, diz a postagem, compartilhada por 750 internautas.
Aprovado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que faz prévia averiguação sobre os nomes indicados ao governo, o partido afirma que a indicação foi “bem recebida”. Desde o início do governo interino de Michel Temer, em 12 de maio, apresidência da Funai está vaga.
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