Globo tem quatro novelas no ar escritas por mulheres
O que os folhetins globais “A Força do Querer”, “Os Dias Eram Assim”, “Novo Mundo” e “Pega Pega” têm em comum? Ora, ora… todas são escritas ou co-escritas por mulheres, um fato inédito no hall de autores da emissora da família Marinho.
Tirando Glória Perez, autora de “A Força do Querer” e veterana da casa há bons anos, as outras quatro Thereza Falcão (“Novo Mundo”), Claudia Souto (“Pega Pega”), e Angela Chaves e Alessandra Poggi (“Os Dias Eram Assim”) iniciaram suas carreiras em meio ao maior processo de renovação do time de autores de novelas da Globo.
Esse lançamento de autoras é um passo importante já que desde 1986, Glória era a única no rodízio da principal faixa de novelas, a das 21h. A última a figurar o quadro do horário nobre foi Regina Braga, que dividiu com Eloy Araújo a autoria do remake de Selva de Pedra. Depois de três décadas, Maria Adelaide Amaral se juntou ao time do horário nobre com “A Lei do Amor”, em 2016.
Entretanto, mesmo com um quadro Girl Power, três das quatro novelas no ar seguem o formato tradicional: um casal de mocinhos dividindo igualmente a importância e com foco no romance ameaçado por terceiros. Quem se difere um pouco do modelo pastelão é “A Força do Querer”, de Glória Perez, que tem um viés feminista e vem apresentando mulheres fortes, como Ritinha (Isis Valverde), Jeiza (Paolla Oliveira) e Bibi (Juliana Paes), que dividem espaço com protagonistas homens “fracos e bobos”, mas ainda assim protagonistas, como é o caso dos personagens de Fiuk, Margo Pigossi e Rodrigo Lombardi.
A lista de mulheres escritoras na Globo não para por aí e mostra que a emissora está mesmo interessada em valorizar a produção deças. Em seu time, estão autoras elogiadas, como a dupla Duca Rachid e Thelma Guedes, de “Joia Rara”; Elizabeth Jhin, de “Além do Tempo”; Lícia Manzo, de “A Vida da Gente”; Rosane Svartman, de “Totalmente Demais”; Izabel de Oliveira, de “Cheias de Charme”; e Maria Helena Nascimento, de “Rock Story”.
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