Graffiti de beijo entre Bolsonaro e Trump é apagado no Ceará
Com informações da Folha de S. Paulo
Um graffiti em que Jair Bolsonaro aparece beijando o presidente dos EUA, Donald Trump, feito em Fortaleza, não durou 48 horas. O desenho, realizado por Yuri Sousa, que logo ganhou repercussão nas redes sociais, parece ter incomodado alguém que não gostou da cena e passou uma tinta azul por cima da obra.
O muro escolhido para a arte ficava em uma alameda em que há outros grafites, na ligação entre duas ruas no bairro Jereissati 1 em Maracanaú, cidade da grande Fortaleza.
A prefeitura informou, por meio da assessoria de comunicação, que não teve nada a ver com o ocorrido.
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Em entrevista à Folha de S. Paulo, o autor do graffiti, conhecido na cidade como Bad Boy Preto, disse que desconfia de quem praticou o atentado_que, claro, recai sobre apoiadores de Bolsonaro, que, em Maracanaú, teve uma das melhores votações para Bolsonaro no Ceará com 39,3% dos votos válidos —o total no estado foi de 28,89% para Bolsonaro, que perdeu de Fernando Haddad (PT) em todas as cidades.
Além disso, Sousa contou ao jornal que, enquanto fazia o graffiti, uma pessoa questionou motivo do desenho. Entretanto, não pode acusá-la por apagado o obra. “Fiquei chateado porque nunca tive um grafite apagado e eu o desenhei em cima de um outro que havia feito no ano retrasado. Mas como teve um tema político sabia que podia mexer mais com as pessoas”, afirmou.
A primeira vez que dois líderes de estado foram retratados em um beijo aconteceu em 1979, no simbólico Muro de Berlim. O graffiti, desenhado pelo russo Dimitri Vrubel, reunia os líderes da União Soviética, Leonid Brejne, e da Alemanha Oriental, Erich Honecker, e recebeu o nome de “Meu Deus, Ajuda-me a Sobreviver a Este Amor Mortal”. Tornou-se um dos grafites mais conhecidos do muro derrubado em 1990.