Grife leva peças produzidas por detentos à passarela do São Paulo Fashion Week
Projeto Flor de Lotus ensina técnicas de tricô e crochê a detentos em Minas Gerais
Após dois anos afastado da São Paulo Fashion Week, o estilista paulistano Valdemar Iódice volta às passarelas dando um tom alaranjado para coleção de inverno 2015. Mesmo que laranja não seja a principal tendência da próxima estação.
Em parceria com a estilista mineira Raquell Guimarães, dona da grife Doisélles, a dupla promete ser o grande destaque no calendário da moda paulistana com o projeto Flor de Lótus, que ensina técnicas de tricô e crochê a detentos de um presídio de Juiz de Fora e Belo Horizonte.
Laranja é o Novo Preto
- SPFW: crochês feitos por detentos tomam conta das passarelas
- São Paulo Fashion Week tem desfile só com modelos trans
- Detentos produzem coleções de tricô e crochê para grife mineira
- Vovós produzem peças de grife e combatem isolamento
Com a iniciativa, oito detentos de presídios de segurança máxima foram responsáveis pela produção de 20 peças de tricô para a coleção que será apresentada no desfile. Inspirada na tribo africana Wodaabe, as roupas são mescladas com detalhes de tricô, crochê e macramê em um total de 30 looks.
Pelo direito de recomeçar
Além das passarelas, personalidades de outras áreas também já protagonizaram ações dentro de sistemas prisionais no Brasil. Caso de Alex Atala, que em parceria com a ONG Gastromotiva, ofereceu em agosto deste ano um curso básico de culinária na Penitenciária Feminina de Sant’ana, em São Paulo. A oficina, que teve um total de 20 aulas de quatro horas, foi idealizada e bancada pelo juiz Jayme Garcia dos Santos, do Tribunal de Justiça de São Paulo. Hoje, a ex-detenta Lucimara Agenor, de 37 anos, trabalha na cozinha da Ong Gastromotiva.