Grupo “Norte Comum” inverte rota cultural da cidade

Coletivo reúne pessoas que queiram produzir cultura na Zona Norte

13/05/2014 10:33 / Atualizado em 04/05/2020 14:33

Grupo trabalha em vários eventos na Zona Norte
Grupo trabalha em vários eventos na Zona Norte

Com o objetivo de  acabar com o monopólio cultural do eixo Centro – Zona Sul, nasceu o grupo Norte Comum em 2011.  A ideia é criar uma rede de articulação entre os bairros da Zona Norte, visando restabelecer meios de circulação e expressão cultural na região, evitando que os moradores da área se desloquem para se divertir e aproveitar atrações culturais.

“O Norte Comum é uma espécie de rede social de rua que reúne pessoas que queiram produzir algo”, define o articulador do grupo, Carlos Meijueiro. Atualmente o Norte Comum atua nos projetos Ágoras Cariocas, Caboco Satélite, Geringonça e Hotel da Loucura.

O primeiro é um curso gratuito de história do Rio, ministrado em bares da subúrbio carioca, que teve sua primeira edição no Estácio e pretende seguir a linha do trem em direção a ZN.  Já o Caboco é um encontro que tem o objetivo de fazer as pessoas interagirem trocando seus arquivos de música, vídeo e texto ao vivo, fora da internet e, ainda conta com intervenções artísticas.

O Geringonça é um projeto do Sesc Tijuca que tem curadoria do grupo. Trata-se de um  encontro de artistas com vídeo, teatro, poesia, grafite, música e moda. “No Sesc fazemos a curadoria, a comunicação e coproduzimos do evento que rola mensalmente e é dividido em subeventos que são o Aperte F5, Redemoinho Artístico, Amostra Grátis e Lavagem das Engrenagens”, explica Carlos.

No Hotel da Loucura, que funciona com atuação de vários coletivos, o grupo promove o Sarau Tropicaos uma vez por mês. “Ficamos sediados no hotel, lá fazemo reuniões semanais. O espaço foi transformado, uma antiga enfermaria agora é toda colorida. Existe uma troca intensa entre as pessoas através da arte nesse espaço de convivência”, conta. O sarau, reúne poesia, do teatro, da música, da dança e de qualquer outra manifestação artística possível.

“Além de tocar nossos projetos,  participamos de reuniões em bairros, como Vila Kennedy, Madureira e Méier e apoiamos diferentes projetos já existentes”, afirma o articulador.  O grupo procura uma casa onde possa realizar suas reuniões de trabalho e utilizar como dormitório em dias de evento. O local seria mantido por uma espécia de micro sistema econômico autônomo financiado por aqueles que incentivam e frequentam os eventos.

Confira alguns eventos do grupo: