Grupo organiza ato em frente a shopping em que jovem foi assassinada

A manifestação contra feminicídio será realizado na próxima segunda

O grupo Levante Feminista Contra o Feminicídio realizará um protesto pelo assassinato da jovem Vitórya Melissa Mota, de 22 anos, esfaqueada na praça de alimentação do Plaza Shopping, em Niterói (RJ), na última quarta-feira, 2. Matheus dos Santos da Silva, de 21 anos, foi preso por feminicídio.

Grupo organiza ato em frente a shopping em que jovem foi vítima de feminicídio
Créditos: Pexels/Pixabay
Grupo organiza ato em frente a shopping em que jovem foi vítima de feminicídio

Vitórya e Matheus eram colegas de sala no curso técnico de enfermagem. Os amigos disseram que o jovem era “apaixonado” pela vítima e que ele havia se declarado recentemente, mas não foi correspondido.

Ela foi socorrida e levada ao Hospital Azevedo Lima, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo a polícia, o agressor foi detido no local do crime e a faca, comprada minutos antes do assassinato, foi apreendida. Na delegacia, ele preferiu ficar em silêncio.

Feminicídio

O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher ou em decorrência de violência doméstica.

Quando o assassinato de uma mulher é decorrente, por exemplo, de latrocínio (roubo seguido de morte) ou de uma briga entre desconhecidos ou é praticado por outra mulher, não há a configuração de feminicídio.

Lei do Feminicídio

A lei 13.104/15, mais conhecida como Lei do Feminicídio, alterou o Código Penal brasileiro, incluindo como qualificador do crime de homicídio o feminicídio.

Também houve alteração na lei que abriga os crimes hediondos (lei nº 8.072/90). Essa mudança resultou na necessidade de se formar um Tribunal do Júri, ou o conhecido júri popular, para julgar os réus de feminicídio.