Gustavo e Cristo prova que o amor é maior que barreiras culturais
A história de Gustavo Bussmann e Cristo Stuart é prova de que o amor é maior que barreiras culturais. Gustavo é brasileiro; Cristo é britânico, mas desde o primeiro dia em que suas vidas se cruzaram tiveram certeza de que era especial.
Os dois se conheceram durante uma viagem por estudos de Gustavo a Londres e o que era para ser um capítulo de sua vida virou um romance completo. “A ideia era ficar por 4 meses, mas depois do nosso primeiro encontro, no British Museum, acabei ficando por mais de 3 anos. Nos conhecemos exatos 30 dias depois de eu chegar, então com certeza foi destino”, conta Gustavo.
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Com a certeza de que queriam estar na vida um do outro, os dois conversaram bastante sobre a ideia de morar juntos e se casar, então a decisão por uma cerimônia foi tomada em conjunto. A surpresa mesmo aconteceu na hora de contar para as mães dos noivos: “Levamos as duas para um brunch em restaurante em Mayfair, e na hora da sobremesa os garçons trouxeram champanhe e as alianças. Nisso, surgiram dois fotógrafos que estavam ‘disfarçados’ na mesa do lado e Cristo se ajoelhou para o pedido”.
O casamento civil aconteceu em agosto de 2019 em Londres. Numa mistura perfeita do clássico com o moderno, o casal buscou alinhar o clima verão com drinks no jardim com uma recepção mais tradicional – jantar com mesas de banquete e decoração com velas e rosas brancas.
“Como tínhamos um local mais colorido, com papel de parede floral e luz natural e natureza vindo das janelas, optamos por detalhes mais sóbrios para o restante, por exemplo: cartão personalizado para os convidados com uma mensagem escrita à mão pelos noivos, em branco com o monograma em cinza. Ainda, tínhamos uma concha iridescente de Guernsey com as iniciais do convidado e um bem-casado envolto em tricoline branco e laço chanel em cinza – simbolizando assim as duas culturas. Tudo isso fez parte da decoração e deu o tom descontraído e intimista que procurávamos”, relembra Gustavo.
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Um dos destaques foi a personalização de detalhes para os convidados, como escolher o cardápio com antecedência: “Entre as opções fornecidas incluía vieiras com black pudding, pithivier de lagosta e fondant de chocolate com amêndoas e autêntico Crème Anglaise”.
As flores da decoração foram arranjos com rosas brancas e orquídeas. Já as flores de lapela eram orquídeas philianopolis que ficaram perfeitas nos suportes trabalhados em prata.
Por fim, o bolo era uma das atrações do salão, executado à perfeição pela amiga do casal, Tamsin Robinson, formada no Cordon Bleu e à frente do London Bakester.
“O bolo foi idealizado por nós e hoje leva nosso nome no cardápio da London Bakester: massa de pistache, ganache de pistache e de chocolate branco e geleia artesanal de framboesas.”
Gustavo e Cristo escolheram o Chelsea Old Town Hall para se casar: “Um dos mais antigos de Londres e cuja arquitetura adoramos”, onde desceram a famosa escada em frente às portas azuis ao som de Pachelbel (Canon in D), música que tocou no primeiro concerto a que assistiram juntos.
Além do juiz de paz, “tivemos a leitura de um poema que diz muito sobre nós, Having a Coke with You, do modernista Frank O’hara. Em seguida, para a troca de alianças tivemos Rachmaninoff (Andante Cantabile)”.
Tiveram apenas pais e padrinhos na sala de cerimonia e após este momento encontraram-se com todos os convidados nas escadas, com pétalas de rosas dispostas em um papel personalizado para o dia pela família do Cristo.
Quanto à beleza dos noivos, ele conta que queriam um look que fossem complementar para os dois, mas que não deixasse de representar a identidade de cada um. Gustavo vestiu smoking com um delicado jacquard preto e cinza, bordado com uma corrente prateada na lapela, já Cristo usou smoking com amarração em um cinto de franjas e sapatos que são sua marca registrada: slippers de veludo bordados, estes com corações e uma coroa.
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Gustavo conta que eles sonham com uma grande festa, onde todos possam dançar juntos até o amanhecer, mas este deve acontecer no Brasil neste ano. Para o casamento civil, a prioridade foi planejar uma união com aqueles que eram mais próximos. “Priorizamos, assim, ter um momento em que todos os presentes se sentissem acolhidos e parte do nosso momento de união. Gostaríamos que todos se sentissem conectados e parte do momento – não espectadores”, ressalta Gustavo.
Para ele, o momento mais importante foi uma surpresa: “Cristo surpreendeu a todos com um discurso feito inteiro em português. Alguns amigos viajaram do Brasil somente para a cerimônia, então nós dois tínhamos amigos próximos e a família do nosso lado”.