Há 19 meses, ninguém morre atropelado na marginal Tietê
Relatório da CET revela que, no mesmo período, na marginal Pinheiros, o número de óbitos por atropelamentos caiu 67%
De agosto do ano passado a outubro deste ano, não há nenhum registro de morte por atropelamento na marginal Tietê, segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) revelados pela “Folha de S.Paulo”.
É uma mudança significativa: no período de maio de 2014 a julho de 2015, foram 18 atropelamentos com mortes na via. No mesmo período, o número de óbitos por atropelamentos caiu 67% na marginal Pinheiros, na comparação com os 15 meses anteriores.
Desde julho do ano passado, a gestão de Fernando Haddad reduziu os limites de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros, medida elogiada por especialistas em segurança no trânsito e que foi um dos temas que dominou o debate durante a campanha eleitoral deste ano.
- Ter algum destes 4 sintomas comuns pode indicar que você está com diabetes
- Este sinal de câncer de pâncreas é detectado em 75% dos casos
- Bahia: 3 lugares baratos para viajar e se encantar
- Composição sanguínea do cordão umbilical explica o autismo
O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, foi um dos que criticou a redução. Sua equipe confirmou nesta terça-veira, dia 20, que irá aumentar os limites de velocidade para 70 km/h na pista central, 90 km/h na expressa e 60 km/h na local (com uma faixa mantida a 50 km/h).
A partir de 2 de janeiro, terá início uma fase de transição, com painéis eletrônicos e faixas informativas e, em 25 de janeiro, passam a valer as novas velocidades.
Contrária ao aumento dos limites, a Ciclocidade, que inclui organizações que defendem a mobilidade por bicicleta e a pé, entregou um dossiê ao Ministério Público do Estado de São Paulo na segunda-feira, dia 19, com estudos, documentos técnicos e artigos que embasam a manutenção das baixas velocidades.
“As entidades aqui presentes consideram que a política pública de aumento de velocidades nas marginais, a ser implementada pelo prefeito eleito João Doria, é ilegal”, afirmou a advogada Juliana Maggi Lima, representante da Ciclocidade.