Hacker diz que entregou mensagens de Moro para Intercept de graça
Se confirmada a ação voluntária e gratuita do hacker, o valor jornalístico de todo o material divulgado pelo Intercept se torna valioso
O Hacker Walter Delgatti disse que entregou as mensagens do celular do ministro Justiça Sergio Moro, para o site Intercept de graça, em depoimento a Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira, 25. Ele foi preso na Operação Spoofing, junto com outros 3 suspeitos, acusado de ser o invasor do celular de Moro e de procuradores da Lava Jato.
Delgatti disse que entregou as mensagens de Telegram, obtidas de forma ilegal, ao jornalista Glenn Greenwald, do site The Itercept, de forma anônima, voluntária e gratuita.
Os contatos com Greenwald, segundo o preso, foram virtuais, somente pelo aplicativo de conversas Telegram, e ocorreram depois que os ataques aos celulares das autoridades já tinham sido efetuados.
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Em depoimento, Delgatti afirmou ainda ter agido neste caso por não concordar com os caminhos da Lava Jato. A apuração da PF é a de que o grupo hackeava contas do Telegram e contas bancárias por dinheiro.
Greewald
A polícia agora trabalha para confirmar se as informações dadas por Delgatti, de que agiu de forma voluntária e sem pedir dinheiro em troca, são verdadeiras.
No Twitter, Greewald sugeriu que a confissão converge com o que o Intercept vem alegando desde o início: que o material é fruto de ação voluntária e que o único papel do site foi receber e avaliar o interesse público.
“Para ser claro, não estou afirmando que a pessoa acusada pela PF é de fato nossa fonte. Nós não comentamos sobre nossas fontes. Eu estou apenas destacando o que a pessoa que PF e Folha disseram ser a nossa suposta fonte”, comentou o jornalista.
Em outra mensagem, Greenwald escreveu: “Dada essa informação nova e verdadeira, a única maneira pela qual Bolsonaro e Sergio Moro podem criminalizar nosso jornalismo é se renunciarem a qualquer pretensão de que o Brasil ainda é uma democracia.”