Haddad chama Witzel de assassino e pede impeachment do governador

O ex-prefeito se pronunciou após a morte de Ágatha Félix, de 8 anos de idade, assassinada pela ação da Polícia Militar no Complexo do Alemão

O governador do Rio ainda não se pronunciou sobre o assassinato da pequena Ágatha
Créditos: Reprodução / Facebook
O governador do Rio ainda não se pronunciou sobre o assassinato da pequena Ágatha

A morte da pequena Ágatha Félix, de 8 anos de idade, assassinada pela ação da Polícia Militar no Complexo do Alemão (RJ) na noite desta sexta-feira, 20, causou revolta nas redes sociais.

Na manhã deste sábado, 21, a hashtag #ACulpaÉDoWitzel já estava entre os assuntos mais comentados, inclusive por famosos e figuras públicas, como o ex-candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad.

Em seu Twitter, Haddad disse que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é um “assassino” e que já deu razões de sobra para sofrer um processo de impeachment.

“Fora Witzel: Tenho evitado tuitar esses dias. Coisas absurdas acontecendo. Mas, com toda sinceridade, eu realmente penso que há razões de sobra para que se peça o impeachment de Witzel. Ele é o grande responsável pelas atrocidades que se cometem no Rio de Janeiro. Um assassino!”, escreveu o ex-prefeito de São Palo.

O governador do Rio ainda não se pronunciou sobre o assassinato, assim como o presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com moradores da região, policiais militares atiraram contra uma moto que passava pelo local, mas o tiro atingiu Ágatha. Em entrevista à Rádio Tupi, Aílton Félix, avô da vítima, fez um desabafo e pediu paz aos moradores do Complexo do Alemão. Ouça aqui.

A criança foi levada ao hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos. A menina estava dentro de uma kombi com a avó, voltando para sua casa, quando foi atingida por um tiro de fuzil nas costas.

Em nota, a Polícia Militar declarou que estava sendo atacada em vários pontos da comunidade ao mesmo tempo e, por isso, revidou com tiros que acertaram a menina. Segundo o coletivo Voz das Comunidades, os moradores negam que os agentes tenham sido atacados.