Harmonia das formas
Desde que resolveu ampliar a carreira de designer gráfico, ilustrar, pintar, desenhar e serigrafar, são as artes que fazem parte do cotidiano do artista Thiago (Koronel) Balbi que hoje se envolve com o que realmente gosta de fazer: criar.
O interesse por arte nasceu com ele, que já via, desde pequeno, a mãe desenvolver trabalhos artísticos. Durante a adolescência, fez curso de desenho, mas não seguiu em frente, resolveu estudar design na Faculdade Belas Artes e pouco explorou o seu talento nessa fase. “Durante a faculdade, aprendi sobre composição, linhas, traços, mas apliquei mais na fotografia e produzi poucos desenhos.”
Depois de algum tempo, trabalhando como designer, apareceu a oportunidade de retomar os traços no papel fazendo algumas ilustrações para a revista Fórum. Mas, foi a decisão de viver um ano fora do Brasil que trouxe para a vida dele novas reflexões. Voltou a rabiscar e encontrou o seu ritmo nas imagens que criava por lá.
Das linhas imperfeitas, porém um tanto belas, feitas com nanquim e caneta hidrográfica, nasceu obras como “Lá Vem o Homem da Gravata Florida”, uma alusão à canção de Jorge Ben Jor. A ilustração mostra a dureza do personagem inserida nas linhas curvilíneas das flores e a força dos tons. É assim, construindo imagens interpretativas que ele chegou ao seu estilo – traços ornamentais passeiam por entre cores e formas, referências colhidas de estilos como o art nouveau e dos anos em que viveu no interior de São Paulo.
Entre os projetos, desenvolveu algumas imagens para a revista Caros Amigos e participou de duas
exposições; uma na Virada Cultural Santista, em 2008, e outra, recentemente, na Suíça, na exibição COMWITHMIT, na qual expôs o desenho “Lá Vem o Homem da Gravata Florida”, junto com mais cinco artistas brasileiros.
Agora, investe com o amigo Bruno Oliveira, no Ateliê 11:11, no bairro de Santana, que tem a proposta de imprimir em camisetas, pôsteres e em outros artigos os trabalhos deles e de outros artistas, além de, claro, produzir toy arts, telas e ilustrações para outras finalidades. “Achamos uma maneira de divulgar as obras e os trabalhos das pessoa, mantendo ao mesmo tempo uma renda para continuar criando.”
O artista que se define como um não desenhista – por não seguir muitas regras e nem técnicas ao desenvolver seus trabalho- e ironicamente vive de desenhar – segue as suas novas escolhas com os pés no chão, fazendo da cidade de São Paulo, o suporte para mantê-los bem firmes.
Galeria de imagens, por Samuel Estevez:
Conheça mais do trabalho de Thiago (Koronel) Balbi no flickr do artista.