Homem atira na esposa, mata 5 pessoas na casa da ex e comete suicídio
Quatro mulheres e um idoso foram encontrados mortos
Um homem atirou em sua esposa, na madrugada desta quinta-feira, 5, em São Vicente, litoral de São Paulo, e depois foi até a casa da ex-namorada e matou cinco pessoas. Após o crime, ele voltou para casa em que vivia com a atual companheira e cometeu suicídio. As informações fora obtidas pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, na ‘Folha de S. Paulo’.
A Polícia Militar informou que foi acionada por volta das 5h20 para atender uma ocorrência de agressão contra uma mulher. O homem cometeu os crimes nas Ruas A, Gabriel dos Passos e Carijós, nos bairros Jóquei Clube e Humaitá, em São Vicente.
Quatro mulheres e um idoso foram encontrados mortos. A polícia não tem informação de que haja outra pessoa ligada ao crime.
O homem ainda não foi identificado pela polícia. A mulher, sobrevivente da tentativa de feminicídio, está internada em estado grave e passa por uma avaliação para realização de uma cirurgia. Uma adolescente de 14 anos também foi baleada, mas sobreviveu e foi socorrida em estado grave.
“É uma tragédia, de cortar o coração”, afirmou o coronel Rogério Silva Pedro, comandante de policiamento da região da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, segundo a jornalista Mônica Bergamo.
Você sabe o que é feminicídio?
Por dia, três mulheres são assassinadas, vítimas do feminicídio, no Brasil. A cada dois segundos, uma mulher é agredida no país. Quase 80% dos casos, os agressores são o atual ou o ex-companheiro, que não se conformam com o fim do relacionamento.
Em 2018, o crime teve aumento de 12% em relação a 2017. Ao todo, foram registrados 1.173 feminicídios em todo o território brasileiro.
Em 2019, os números não são otimistas. Em São Paulo, por exemplo, há um aumento de 76% dos casos: 37 mulheres foram mortas só no primeiro trimestre do ano. No ano passado, tinham sido 21 vítimas.
Mas o que é feminicídio?
O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher ou em decorrência de violência doméstica.
Quando o assassinato de uma mulher é decorrente, por exemplo, de latrocínio (roubo seguido de morte) ou de uma briga entre desconhecidos ou é praticado por outra mulher, não há a configuração de feminicídio.