Homem dá soco em grávida que se recusou a comer hambúrguer com bacon
A vítima relatou ter sido agredida outras vezes nos últimos anos
Uma mulher de 21 anos, grávida de sete meses, foi agredida com um soco no rosto pelo namorado, de 19, depois de não querer comer hambúrguer com bacon. A violência aconteceu na madrugada da terça-feira, 20, em Cariacica (ES).
Segundo relato, ela teria pedido o lanche sem bacon, o que irritou o rapaz.
A irmã do agressor chamou a polícia. Ela esperou ajuda, acompanhada pela mãe e uma vizinha, fora da casa por medo de novas agressões.
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A vítima relatou ao jornal Folha de Vitória que o namorado estava bêbado no momento da agressão, mas a violência física e verbal é recorrente desde o início do relacionamento de três anos.
A grávida foi levada para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória. Ela foi examinada e liberada.
O agressor foi autuado em flagrante pelos crimes de injúria, ameaça e lesão corporal.
Como denunciar violência doméstica
Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.
Disque 180
O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.
Disque 100
O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Polícia Militar (190)
A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.
Delegacia da Mulher
Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.