Homem é condenado a 15 anos de prisão por decepar as mãos de mulher
O júri culpou Jair da Costa pela autoria do crime e ele não tem direito a recorrer em liberdade
Um homem foi condenado a 15 anos de prisão por decepar as mãos da esposa com golpes de facão. A tentativa de feminicídio contra Geziane Buriola da Silva ocorreu no dia 10 de abril de 2017 em Campo Novo do Parecis (MT). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A Justiça de Mato Grosso condenou Jair da Costa a 15 anos e 6 meses de prisão em regime fechado.
O julgamento aconteceu na última sexta-feira, 12, e o júri culpou Jair pela autoria do crime. Ele não tem direito a recorrer em liberdade e está preso desde o dia do crime.
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Segundo o Ministério Público, no dia do crime, o casal teria passou o dia consumindo bebidas alcoólicas e a noite a mulher foi agredida. Ela não conseguiu escapar e recebeu golpes no rosto, cabeça, abdome, além de ter as duas mãos e os punhos decepados.
Com os gritos da vítima, seus vizinhos foram para a sua residência e depararam com a tentativa de homicídio. O réu tentou escapar, mas foi capturado por pessoas que tentaram linchá-lo. Após ser espancado, a Polícia Militar chegou no local e o prendeu.
Segundo a polícia, na época, o homem confessou o crime e disse que queria matar a companheira alegando que ela o teria traído, mas Geziane nega que tenha traído.
A vítima ficou 20 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passou por um longo período de tratamento. Sem as mãos, Geziane tem diagnostico de depressão.
Ao jornal Folha de S. Paulo a vítima contou que se decepcionou com a pena de pouco mais de 15 anos do ex-marido. “É muito pouco. Eu queria que ele pegasse muito mais, porque nada justifica o que ele fez”, disse. “A promotora me disse que, infelizmente, esse é o Brasil em que vivemos”.
Geziane conta que mesmo com as dificuldades, consegue fazer os serviços de casa, como comida, lavar roupa, limpeza. “Gostaria de conseguir uma prótese mais móvel. Só que custa mais de R$ 200 mil e eu não tenho condições”.
A mãe da vítima, Maria Regina Buriola lamenta que a filha não tenha deixado o agressor em oportunidades anteriores, nas quais havia sido agredida. “Eles estavam juntos a mais ou menos um ano e seis meses, mas ele já havia sido violento várias vezes”.