Homem é condenado a 7 anos por transmitir HIV a mulheres no RJ

Preso desde julho do ano passado, homem foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 1

01/06/2018 10:38

Acusado por contaminar, propositalmente, duas mulheres com o vírus HIV, Renato Peixoto Leal Filho foi condenado a sete anos de prisão pela Justiça do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 1.

Ele foi apontado por duas vítimas de manter relações sexuais sem preservativo com a finalidade de transmitir o vírus. As informações são do jornal Extra. 

Preso desde julho do ano passado, Renato Peixoto Leal Filho foi condenado a sete anos de prisão
Preso desde julho do ano passado, Renato Peixoto Leal Filho foi condenado a sete anos de prisão

Na sentença, a juíza Lúcia Regina Esteves de Magalhães, da 19ª Vara Criminal, apontou que “não restam dúvidas quanto ao dolo do acusado em manter relações sexuais com as vítimas, a fim de lhes transmitir enfermidade incurável, sendo certo que o elemento subjetivo pode ser constatado através do modus operandi utilizado, o qual consistia em conhecer as vítimas através de sites de relacionamentos, seduzir as mesmas por meio de falsa promessa de um relacionamento estável e as atrair ao seu apartamento, onde as surpreendia, abordando-as rispidamente, com elas mantendo relações sexuais de forma extremamente violenta, que incluía a prática de sexo anal, prática que facilita em muito o contágio do vírus, não as informando ser soropositivo”.

Preso desde julho do ano passado, quando a Justiça determinou sua prisão preventiva, inúmeras provas foram colhidas pela investigação da 16ª DP (Barra da Tijuca), que resultaram em sua condenação. Entre elas, vídeos de Renato praticando sexo sem preservativo, além de relatos de testemunhas que afirmaram ter mantido relação sexuais sem serem informadas de que ele era soropositivo.

Relembre o caso 

Era fim de agosto de 2015 quando uma das vítimas procurou a polícia para denunciar Peixoto. Tempos depois, uma segunda vítima foi ouvida pela 16ª DP (Barra da Tijuca), que assumiu o caso. Semelhantes, os relatos coincidiam sobretudo pela abordagem do acusado, que abordava as vítimas pelas redes sociais e as convidava a sair. Sem informar a doença, ele insistia para fazer sexo sem o uso de preservativo. Nenhuma das vítimas, porém, chegou a ser contaminada pelo HIV.