Homem é preso após manter namorada acorrentada em casa no Rio

Uma amiga, que estranhou o sumiço da jovem após falta de contato, que denunciou o caso à polícia

28/01/2023 14:15

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu um homem por manter a namorada acorrentada em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.  Welisson dos Santos Pires foi preso em flagrante por por lesão corporal, cárcere privado e violência psicológica. A jovem, de 27 anos, não teve o nome divulgado.

Homem é preso após manter namorada acorrentada em casa no Rio
Homem é preso após manter namorada acorrentada em casa no Rio - Reprodução/ TV Globo

Segundo policiais da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Welisson chegou a manter a vítima acorrentada para que não fugisse da casa onde viviam. Eles se conheceram pela internet há nove meses. As informações são do jornal Extra.

Ainda segundo a polícia, a jovem morava em Natal (RN), e mudou de estado para viver com ele, com a promessa de que teria um casamento feliz.

Em depoimento, a jovem contou que Welisson se mostrou uma pessoa possessiva e a agredia constantemente. Ela, inclusive, apresentou marcas de agressões na delegacia. Além da violência, o suspeito a impediu de manter contato com os familiares, que ainda moram em Natal.

Uma amiga, que estranhou o sumiço da jovem após falta de contato, que denunciou o caso à polícia.

Saiba onde e como denunciar casos de violência doméstica

Disque 100

O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.

A denúncia de casos de violência contra a mulher são importantes para a diminuição dos números de feminicídio
A denúncia de casos de violência contra a mulher são importantes para a diminuição dos números de feminicídio - iStock/@PeopleImages

Polícia Militar (190)

A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.

Defensoria Pública

No caso de violência doméstica, a Defensoria Pública pode auxiliar a vítima pedindo uma medida protetiva a um juiz ou juíza. Essa medida de urgência inclui o afastamento do agressor do lar ou local de convivência com a vítima; a fixação de limite mínimo de distância de que o agressor fica proibido de ultrapassar em relação à vítima; a proibição de o agressor entrar em contato com a vítima, seus familiares e testemunhas por qualquer meio; a suspensão da posse ou restrição do porte de armas, se for o caso; a restrição ou suspensão de visitas do agressor aos filhos menores; entre outras, como pedidos de divórcio, pensão alimentícia e encaminhamento psicossocial.

Delegacia da Mulher

Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.