Homem estupra e mantém em cárcere privado mulher que conheceu há 3 meses

Vítima tentou pedir ajuda, mas suspeito disse que era “briga de marido e mulher”

Um homem foi preso pelos crimes de ameaça, cárcere privado e estupro. Ele, de 55 anos, mantinha a vítima, de 43, em um hotel de Cuiabá. Antes de ser aprisionada e agredida, ela conseguiu chegar à rodoviária e pedir ajuda, mas o suspeito rasgou a passagem e alegou “briga de marido e mulher”. Ninguém se meteu ou chamou a polícia.

Homem estupra e mantém em cárcere privado mulher que conheceu há 3 meses
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Homem estupra e mantém em cárcere privado mulher que conheceu há 3 meses

Eles se conheceram há 3 meses e viajaram de Uberlândia (MG) para o Mato Grosso. Inicialmente, se hospedaram em um albergue, mas, devido a brigas frequentes, ela decidiu voltar para casa. Foi quando acabou impedida de embarcar no ônibus pelo suspeito.

O agressor a arrastou para um hotel próximo a rodoviária, onde agrediu e estuprou a mulher. No outro dia, a levou para almoçar fora, ela aproveitou chance para fugiu. A queixa foi registrada na Delegacia da Mulher.

Os policiais encontraram o suspeito no hotel, que ameaçou os agentes e tentou resistir à prisão. Foi autuado em flagrante por desacato e desobediência.

Saiba onde e como denunciar

  • Disque 100

O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.

A denúncia de casos de violência contra a mulher são importantes para a diminuição dos números de feminicídio
Créditos: iStock/@PeopleImages
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  • Polícia Militar (190)

A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.

  • Defensoria Pública

No caso de violência doméstica, a Defensoria Pública pode auxiliar a vítima pedindo uma medida protetiva a um juiz ou juíza. Essa medida de urgência inclui o afastamento do agressor do lar ou local de convivência com a vítima; a fixação de limite mínimo de distância de que o agressor fica proibido de ultrapassar em relação à vítima; a proibição de o agressor entrar em contato com a vítima, seus familiares e testemunhas por qualquer meio; a suspensão da posse ou restrição do porte de armas, se for o caso; a restrição ou suspensão de visitas do agressor aos filhos menores; entre outras, como pedidos de divórcio, pensão alimentícia e encaminhamento psicossocial.

  • Delegacia da Mulher

Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.