Homem estuprava enteada de 11 anos com consentimento da mãe no DF
Em depoimento, o padrasto culpou o "demônio" que o "possuiu" e o "induziu" a cometer o crime
A Polícia Civil de Samambaia, no Distrito Federal, executou a prisão de um casal acusado de estuprar uma menina de 11 anos. Os presos são padrasto e mãe da vítima, respectivamente.
De acordo com os investigadores, os abusos praticados pelo homem aconteciam na residência do casal, na frente dos irmãos pequenos da vítima, e com o consentimento da mãe dela. Segundo as autoridades, a mãe disse em depoimento que o padrasto começou a abusar sexualmente da menina há cerca de nove meses. Os dois foram presos na última quinta-feira, 8.
O delegado-chefe da 26º DP, Eduardo Galvão, disse que a mãe tinha ciúmes da filha com o companheiro, e, após flagrar a garota sendo abusada em pelo menos duas ocasiões, ela chegou a agredir a vítima.
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De acordo com informações do Metrópoles, a PCDF investiga se a mulher obrigava a filha se prostituir em troca de dinheiro ou alimento. “A menina conta tudo e afirma que não queria manter relações sexuais com o padrasto”, disse um policial.
Em depoimento, o acusado, identificado como Reginaldo Muniz dos Santos, de 34 anos, não negou os abusos e culpou o “demônio” que teria se “apossado” de seu corpo e o fez cometer o crime. Para ele, o fato de estar afastado da igreja o teria “induzido” a estuprar a enteada. O homem já respondeu em 2011 por outra tentativa de estupro, só que não de vulnerável.
O caso atual foi denunciado pelo Conselho Tutelar da cidade, que foi avisado pelos professores da garota e os próprios vizinhos sobre o que acontecia na residência.
A mulher, presa preventivamente com o companheiro, tinha outros cinco filhos. Todos moravam na mesma casa. Após a descoberta, a vítima foi encaminhada a casa abrigo do Conselho Tutelar de Samambaia do Norte e pode seguir para adoção.
Se condenados, padrasto e mãe poderão pegar de 8 a 15 anos de detenção.
DENUNCIE – DISQUE 100
Saiba a quem recorrer em caso de suspeita de violência sexual infanto-juvenil:
Conselhos Tutelares – Os Conselhos Tutelares foram criados para zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes. A eles cabe receber a notificação e analisar a procedência de cada caso, visitando as famílias. Se for confirmado o fato, o Conselho deve levar a situação ao conhecimento do Ministério Público.
Varas da Infância e da Juventude – Em município onde não há Conselhos Tutleares, as Varas da Infância e da Juventude podem receber as denúncias.
Outros órgãos que também estão preparados para ajudar são as Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente e as Delegacias da Mulher. (Fonte: Unicef)