Homem que fingia ser ‘sugar daddy’ é suspeito de estuprar mulheres no Rio

Em um dos casos, ele teria prometido para uma das mulheres que cuidaria do tratamento de sua filha com câncer em troca do relacionamento

24/10/2020 17:20

Um homem identificado como Eliézer de Queiroz Moreira, foi preso preventivamente na tarde da última quinta-feira, 22, no Rio de Janeiro. Ele fingia ser um “sugar daddy” (homem que oferece dinheiro ou pagamento de contas em troca de um relacionamento), para aplicar golpes em mulheres. Ele ainda é suspeito de estuprar e ameaçar as vítimas.

Homem que fingia ser ‘sugar daddy’ é suspeito de estuprar mulheres no Rio
Homem que fingia ser ‘sugar daddy’ é suspeito de estuprar mulheres no Rio - Divulgação

Cristiano Maia, delegado responsável pela investigação, contou ao G1 que homem irá responder por quatro crimes.
“Ele fez mais de 50 mulheres de vítimas, algumas de outros estados, que gastaram dinheiro para vir ao Rio. Ele já foi denunciado, vai responder por quatro crimes: estupro, estelionato, constrangimento ilegal e corrupção de menores. Se condenado, pode pegar mais de 30 anos”, disse.

O golpe

Conhecido nos aplicativos de relacionamento como “sugar daddy”, ele usava um perfil falso para conseguir vítimas. O senhor que aparece na foto de Eliézer no aplicativo é o jornalista americano Freddy Shermann. Nas fotos, o rapaz colocava carros e itens de luxo para chamar atenção.

O falso milionário falava para as mulheres que um sobrinho sofria de depressão e elas teriam que se relacionar com ele em troca de alguns presentes, incluindo dinheiro.

Só que o sobrinho, na verdade, era Eliézer, o cara que aplicava os golpes. O que fazia as vítimas acreditarem é porque recebiam um comprovante de pagamento antes de irem ao encontro. Em um dos casos, ele tinha transferido a quantia de R$ 7 mil.

“Ele marcava os encontros sempre às sextas-feiras e mandava o comprovante do depósito. As vítimas arcavam com os custos de motel, restaurantes, achando que receberiam o dinheiro para cobrir os gastos. Quando chegava na segunda, o dinheiro não caía na conta delas, e somente nesse momento elas ficavam sabendo que foram vítimas dele”, revelou o delegado.

Ele já tinha sido preso em agosto deste ano, mas de forma temporária e foi solto logo depois. De acordo com o delegado, não foi possível fazer prisão preventiva na época porque não havia provas concretas e o caso ainda estava sendo analisado. “Uma das vítimas tinha uma filha com câncer, e ele prometeu que cuidaria do tratamento da menina em troca de favores sexuais. Esse foi um caso que chamou a atenção”, disse  o delegado Cristiano ao G1.