Homem transgênero deu à luz a própria filha nos EUA
Chris e Amy se conheceram quando ainda eram jovens de 20 e poucos anos e logo se apaixonaram, em Ohio, nos Estados Unidos. Desde o início, os dois souberam que queriam ficar juntos e constituir uma família. Mas Amy, 33, não conseguia gerar o tão esperado filho do casal.
Depois de cinco tentativas frustradas de inseminação artificial, Chris decidiu então que iria carregar o filho no ventre. Sim, isso mesmo. Chris Rehs-Dupin, 33, nasceu Christina e manteve os órgãos reprodutivos femininos após a mudança de gênero. Isso permitiu que ele pudesse gerar Hayden, a filha mais velha de dois anos do casal, mesmo já vivendo como homem e não se sentindo mulher.
“Nós passamos por uma série de tratamentos de fertilização até percebermos que chegamos a um ponto em que teríamos que decidir se continuaríamos fazendo novas intervenções médicas ou se era a hora de trocarmos de corpo”, explica Amy ao jornal DailyMail. “Nós tivemos sorte de ter dois úteros. Então, depois de muita discussão e dificuldades, decidimos que Chris geraria a criança”.
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Hayden nasceu em dezembro de 2014, não sem antes Chris também passar por tratamentos de fertilização e sofrer um aborto natural. De acordo com Amy, a gravidez de Chris foi bastante difícil e eles passaram por muita coisa juntos durante o período. “Eu sempre achei que seria eu a carregar a nossa criança. Então a gravidez dele foi um esforço muito grande”, conta.
Chris lembra que a gravidez foi um período confuso para ele. “Estar grávida é uma coisa tão feminina que comecei a questionar quem eu era. Mas não acho que ter um filho tenha sido um problema emocional para mim. Foi uma experiência incrível”, afirma.
Depois que Hayden nasceu, Chris também teve que amamentar a filha. Inicialmente, a ideia era que Amy amamentasse o bebê, depois de tomar hormônios. Mas ela não conseguiu produzir leite suficiente, então Chris precisou assumir essa responsabilidade.
Segundo ele, toda a experiência da gravidez e da amamentação deixaram ainda mais claro que ele não era uma mulher e que tinha chegado o momento de se tornar homem também biologicamente. “Eu sabia que isso me faria uma pessoa melhor e mais feliz, uma pessoa completa, então depois da gravidez dei início à transição médica”, lembra.
Atualmente, o casal tem dois filhos. Milo, o bêbe mais novo, nasceu ano passado e foi gerado por Amy, que passou por novos tratamentos de fertilização para conseguir engravidar do filho.
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