Homossexualidade deixa de ser crime na Índia após votação unânime
Juízes da Suprema Corte alegaram que a lei só existia para oprimir

A Suprema Corte da Índia derrubou uma lei colonial que criminalizava a homossexualidade, nesta quinta-feira, 6.
A decisão unânime foi tomada com base no caso apresentado em 2016, de cinco cidadãos que diziam viver em um ambiente de medo e perseguição policial devido à legislação do país.
Os cinco juízes da Corte alegaram que a lei era empregada apenas para oprimir e discriminalizar a população gay e transexual indiana. As vítimas eram penalizadas com até dez anos de prisão.
- Como comer chocolate na Páscoa sem prejudicar sua pele, segundo dermatologista
- Como repor vitamina B12 e os sinais que indicam que ela está em falta
- Empresa de tecnologia oferece cursos gratuitos para uso de Inteligência Artificial
- Tudo o que você precisa saber para viajar de carro pelo Mercosul
“A lei se transformou em uma arma de abuso contra a comunidade LGBT”, declarou Dipak Misra, presidente da Suprema Corte.
HISTÓRIA

Em 2009, a lei foi considerada inconstitucional devido ao artigo 377 da legislação, que considerava “contra a ordem da natureza” as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Entretanto, a ordem só servia para quando o ato sexual fosse consentido.
Apesar disso, em 2013, a liminar foi revogada pela Suprema Corte, após uma petição ser criada por uma coligação religiosa cristã, hindu e muçulmana.
Contudo, o parlamento indiano não desistiu da briga e repassou o caso ao Supremo por considerar este o órgão correto para lidar com a validação da legislação.
A legislação, de 1860, foi criada pelo Reino Unido no período da colonização indiana.