II Encontro com A Poesia Urbana: Saraus Literários – da Periferia para o Centro

O objetivo é conhecer a produção de saraus organizados em vários pontos da cidade de São Paulo e discutir a importância da manifestação dos artistas da periferia, mostrando que ela tem voz e que essa voz também é poética. Para conhecê-la e reconhecê-la como uma autêntica manifestação literária nacional, é preciso não apenas ir à periferia, como também trazer a periferia para o centro.

Poetas e Participantes:

Allan da Rosa

Allan da Rosa é poeta e dramaturgo. Historiador e arte-educador em cultura africana e afro-brasileira. Um dos pioneiros no movimento de literatura periférica contemporânea. Organizador do selo independente “Edições Toró” e integrante do grupo de Capoeira Angola Irmãos Guerreiros, em Taboão da Serra/SP. Autor de “Vão” (poesia, 2005), “Da Cabula-istoria pa tiatru” (dramaturgia, 2006), “Morada” (fotografia, ensaio e poesia, com Guma, 2007) e “Zagaia” (romance versado, juvenil, 2008) e participante de várias antologias e coletâneas.

Robson Padial (Binho)

O ponto de leitura Bar do Binho existe desde 1997, promovendo encontros eventuais ligados à literatura cujo objetivo é a inclusão de crianças, jovens e adultos, incitando-os à iniciação e à prática do ato da leitura e da composição de textos. Em março de 1999, Robison Padial lançou seu primeiro livro, “Postesia”, e passou a reunir poetas e declamadores da comunidade de Campo Limpo, região sul de São Paulo, em um evento que se repete toda segunda-feira, com a participação de cerca de cem pessoas, e que ficou conhecido como Sarau do Binho.

Marcelino Feire

Marcelino Freire nasceu em 1967, em Sertânia, PE. Vive em São Paulo desde 1991. É um dos principais nomes (e divulgadores) da nova geração de escritores brasileiros, designada “Geração 90”. Escreveu, entre outros, “Contos Negreiros” (Prêmio Jabuti 2006) e “RASIF – Mar que Arrebenta”, ambos publicados pela Editora Record. Vários de seus contos foram adaptados para teatro e traduzidos para outros países. Em 2004, idealizou e organizou a antologia “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século” (Ateliê Editorial). É o criador da Balada Literária, evento que, desde 2006, reúne anualmente quase uma centena de escritores, nacionais e internacionais, no bairro paulistano de Vila Madalena. Mantém o blog eraOdito, apontado em recente pesquisa da revista “Bula”, como um dos 20 blogs mais influentes da rede.

.  Marcelo Tápia

Marcelo Tápia (Tietê, SP, 1954) é poeta, tradutor e professor. Publicou, entre outros, os livros “Primitipo” (1982), “O bagatelista” (1985), “Rótulo” (1990), “Livro aberto” (1992), “Pedra volátil” (1996), “A forja – alguma poesia irlandesa contemporânea” (tradução, 2003), “Lumes – antologia de haikais de Pedro Xisto’ (apresentação, organização e notas, 2008) e “Os passos perdidos”, de Alejo Carpentier (tradução, 2008). Tem publicado poemas e artigos em diversos periódicos, como “Cadernos de literatura em tradução” (da FFLCH-USP), “Cult’, “Coyote”, “Zunái”, “Errática” e “Et Cetera”; é editor da revista on-line de literatura “Mnemozine’. Graduado em Português e Grego pela FFLCH-USP, realizou estudos de pós-graduação em Semiótica, Linguística, Letras Clássicas, Teoria da Tradução e Teoria Literária. É diretor do museu Casa Guilherme de Almeida, em São Paulo, no qual organiza um Centro de Estudos de Tradução Literária.

Moderador:

Rui Mascarenhas

Rui Mascarenhas (Salvador, 1962). Poeta, fotógrafo e agitador cultural; coordenador de eventos junto à Poiesis, onde trabalha em projetos de aproximação e incentivo à leitura, como Pontos de Poesia; PraLer no Centro; PraLer Ampliando Horizontes da Cidadania; Sarau São Paulo e Sarau do Metrô, em São Paulo. Autor do livro “MEIOHOMEM – Eternidade, meu canto que fica!” (2007). Em 2008, participou da I Bienal de Poesia Internacional de Brasília, tendo alguns de seus poemas publicados na antologia “Poemário”, editada pela Biblioteca Nacional de Brasília (2008); “Santo Largo Treze” (2008, Dix Editorial – Annablume); e “Revista Não Funciona” (2008).

Por Redação