IML confirma: Tatiane Spitzner foi morta por asfixia

Tatiane Spitzner morreu por asfixia mecânica, causada por esganadura e sinais de crueldade.

20/09/2018 18:39

Após quase dois meses, o laudo do exame de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) atestou nesta quinta-feira, 20, a causa da morte de Tatiane Spitzner. Segundo o documento, a advogada morreu por asfixia mecânica, causada por esganadura e sinais de crueldade.

O corpo da vítima foi encontrado no apartamento em que vivia com o marido, Luís Felipe Manvailer, em Guarapuava (PR). Preso no mesmo dia, a 300 km do local do crime, ele é réu em processo por feminicídio, embora negue as acusações.

Em entrevista coletiva, o diretor do IML Paulino Pastre afirma que, com base no estudo feito pelos legistas, tudo indicava se tratar de uma morte violenta. Sobretudo pela constrição do pescoço, chamado de esganadura. “Todo o procedimento pericial realizado confirmou unanimemente, tanto os exames complementares realizados em Curitiba como o exame necroscópico lá em Guarapuava, que a Tatiane morreu e posteriormente caiu do prédio”.

Casal dividia apartamento em Guarapuava , a pouco mais de 250 km de Curitiba
Casal dividia apartamento em Guarapuava , a pouco mais de 250 km de Curitiba

Além disso, ressaltou que o corpo apresentava sinais de luta entre o casal. “Ela apresentava no seu corpo – e estão descritas no laudo – muitas marcas de luta”, pontuou. O exame toxicológico indicou também alto grau de alcoolemia no corpo de Tatiane. “O que sugere que ela estava bastante fragilizada até para se defender no momento”, afirmou.

Repercussão

A família de Tatiane Spitzner informou, em nota, que a recebe com muita tristeza a confirmação de que a advogada “já estava morta quando foi jogada da sacada por Luis Felipe Manvailer”.

Os advogados da família, que atuam como assistentes de acusação no processo, informaram que ainda não tiveram acesso acesso ao laudo, que a conclusão é mais uma prova de que Luis Felipe mente.

“Ele a matou dentro do apartamento, submetendo-a um período prolongado de violentas agressões físicas. Não houve suicídio, mas feminicídio e fuga do criminoso”, diz a nota.

Em nota, a defesa de Luis Felipe Manvailer, informou que iria se manifestar./Com informações do G1.