A indignação de uma mulher que recebeu a coronhada de um homem

 
 

Thaís Gramani Serra estava andando de bicicleta na avenida Sumaré, em São Paulo, quando subitamente levou uma coronhada no rosto. E aqui faz o relato do drama que sofreu – a começar do fato de que nenhuma ambulância chegou; o Samu mandou dizer que demoraria uma hora para chegar lá.

Faz 5 anos que a bicicleta mudou minha vida, meu modo de pensar, de participar da cidade que vivo, de olhar o próximo de maneira diferente, de contribuir sem querer nada em troca, apenas pelo prazer do vento na cara e dos pequenos detalhes que antes não faziam parte do meu dia a dia. Sempre andei atenta a todos os poréns que a bike traz e foram 5 anos “ilesa”. Hoje faz uma semana que um dos maiores prazeres da minha vida foi cortado (espero que temporariamente). Há 9 meses mudei de trabalho e desde então meu percurso de todos os dias é a ciclovia da Sumaré, que tem tudo pra ser uma das ciclovias mais bem estruturadas do país, se não fosse a violência. Dia 10/08 /2016 eu pedalava de volta pra casa, como faço todos os dias. Por volta das 20h, fui ultrapassar um pedestre que estava andando no mesmo sentido que eu e não me representava ameaça nenhuma. Fui agredida por ele com uma arma no meu rosto (sim, uma coronhada) que me fez cair e desmaiar imediatamente (aproveito esse post para tentar encontrar os anjos que me socorreram e me levaram pro hospital visto que o SAMU deu tempo de espera de UMA HORA para me resgatar, UMA HORA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!). As dores que tenho no corpo, o dente que perdi e os pontos que tomei na cara são as menores questões no momento. O ponto é que eu não fui a primeira, nem a segunda e não serei a última. Isso acontece T O D O S os dias na ciclovia da Sumaré! NÃO DA MAIS!! Não dá para corrermos o risco de perder nossas vidas, amigos e familiares por conta de uma bike, um celular ou o que quer que seja! Eu sei que as questões que envolvem essa série de acontecimentos são muito mais profundas e que a estrutura em que vivemos deve ser (re)pensada rapidamente pois as coisas estão ficando cada vez mais fora do controle. Mas eu estou aqui pra chamar a atenção do Mágino Alves Barbosa Filho Mágino Alves Barbosa Filho – secretário de segurança pública de São Paulo, Geraldo Alckmin governador da cidade e Fernando Haddad prefeito porque necessitamos de SEGURANÇA E ILUMINAÇÃO URGENTE (não só) nesse ponto da cidade!!! Não podemos esperar alguém influente morrer pra algo ser feito. Aos que circulam por essa região, mesmo que de carro – pois já vi vários assaltos aos carros também -, vamos nos juntar e fazer de tudo para termos tranquilidade pelo menos no nosso trajeto diário! Não precisa nem ser um grande frequentador da Sumaré pra saber dos assaltos que existem por lá. Várias mídias expõem isso com frequencia. Como é possível NADA ser feito???? Eu já ouvi dos PMs que circulavam por lá, que, o máximo que daria pra ser feito, seria “jogar” (QUE ABSURDO!) esses moleques do outro lado da cidade para que eles demorassem pra voltar, pq são sempre os mesmos !! Como pode saberem do problema, saber onde está e nada ser feito!!!? O que precisa??? O filho de alguém influente morrer da forma mais absurda do mundo????? ‪#‎querosegurançaSP‬ ‪#‎querosegurançaSumaré‬ Amigos, compartilhem pois estamos chegando ao ponto de perder (também) a liberdade de ir e vir.