Inspirado nos rolezinhos, intervenção reúne artistas, ativistas e professores em galeria de arte
"Presença Negra" questiona falta de acesso à população negra em vernissage na Vila Madalena
Está em cartaz na Galeria Milan, na Vila Madalena, a exposição individual do artista Afonso Tostes, que em suas obras aborda, entre outros assuntos, a escravidão. Durante a abertura da mostra, realizada na semana passada, uma silenciosa e impactante intervenção chamou a atenção de quem passava pelo local.
Um grupo de 25 pessoas, formado por artistas, ativistas e professores, cravavam ali uma ação batizada de “Presença Negra”, inspirada nos transgressores rolezinhos da periferia de São Paulo que ocuparam shopping centers e parques da capital paulista.
O objetivo: contrapor o público habitual de galerias de arte e outros eventos culturais, normalmente, frequentados em sua maioria por brancos.
O grupo faz um apontamento para a sua crítica, que se sustenta em números. Além dos participantes da performance, os únicos negros na galeria eram os seguranças. E o questionamento vai além se pensado na arte contemporânea do país, onde quase não há presença de negros.
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