Irmã de cantor Victor Chaves diz que ex-cunhada ‘deveria se desculpar’
Paula Chaves questiona agressão e diz que o que aconteceu, na verdade, foi a contenção de um surto emocional
A irmã do cantor Victor Chaves fez um post em sua rede social criticando a ex-cunhada, a empresária Poliana Chaves, e dizendo que ela deveria se desculpar perante o país pelos transtornos que causou ao seu irmão.
Victor foi condenado a 18 dias de prisão em regime aberto por agredir a ex-mulher em fevereiro de 2017, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ele também deverá pagar de R$ 20 mil à vítima como “indenização em decorrência dos danos morais causados”, segundo informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
No post, a irmã, Paula Chaves, ainda pontua que o que aconteceu não foi uma agressão e sim uma ‘contenção’ de um surto emocional da sua ex-cunhada.
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“O que houve foi contenção à uma mulher que estava em surto emocional, fato que nunca houvera antes, ocorrido em nossa família e de tal maneira, tão descontrolada. Uma pessoa que estava convivendo conosco pouco tempo e que trouxe uma carga emocional e um comportamento estranho, de invadir uma casa, um quarto, um banheiro, de uma mulher mais velha (minha mãe) e quebrar objetos de vidro pela casa, podendo ter se machucado, ou nos machucado”, escreveu Paula.
Em outro momento, ela também destaca que Poliana sempre foi tratada com respeito em sua família e volta a negar que a ex-cunhada tenha sido agredida, pontuando que ela não sabe o que é isso.
“Hoje ela recebe uma pensão digna, digo digna porque nem 80% das mulheres são privilegiadas a receber esse valor, do homem que ela acusa de agressor. Queria ver se fosse agredida de verdade! Não sabe o que é agressão. Muitas mulheres poderiam dizer o que é ser agredida!”.
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Violência contra a mulher não é apenas física
Demonstra amor de forma exagerada
As demonstrações de amor de forma exagerada, com pedidos de casamento, noivado ou namoro muito prematuros são indícios de um relacionamento que pode vir a ser abusivo.
Se dedica 100% à relação
Sabe aquela pessoa que parou de jogar futebol com os amigos, parou de ir aos passeios e fica 100% do tempo com a namorada, observando tudo o que acontece com ela? Isso é outro indício de uma tentativa de controle e, portanto, de violência.
Faz uso de um falso moralismo
O sujeito fala para que você precisa respeitar a sua família, mas ele não fala com a mãe dele há 5 anos e nunca a tratou bem. É algo que não se encaixa muito bem.
Utiliza chantagens frequentes
Chantagens, muitas chantagens. Para que a mulher não termine, o homem usa aspectos e pessoas essenciais da vida dela e a chantageia. Inclusive, em certos casos, o agressor chega a inventar que está com uma doença grave ou até mesmo ameaça se matar.
Se vitimiza sempre
O homem sempre se coloca como vítima. Às vezes de antigas namoradas, em outros casos de familiares ou chefes mulheres. Todas causaram mal a ele. Ou seja, a raiva com que ele trata a companheira e o resto das pessoas é justificada como se fosse uma reação ao sofrimento que enfrentou ao longo da vida. No entanto, a mulher precisa prestar atenção, pois, após certo tempo, ela mesma será colocada como mais um algoz na vida do rapaz.
Desqualifica a mulher em público
A todo momento, ele tenta desqualificar a vítima em público e deslegitimar todos seus sentimentos, desde a dor, o sofrimento e até a alegria.
Por exemplo: a mulher chega toda feliz em casa porque será promovida no emprego, e ele responde: “Não tem nada a ver com talento, mas sim porque seu chefe está querendo te pegar”.
Além disso, o companheiro passa a minar todas as coisas que são básicas a ela: faz silêncios violentos, ameaça ficar sem falar com ela caso não siga um pedido seu, entre outros comportamentos.
Trai com frequência
Um aspecto que aparece frequentemente são as traições. O indivíduo tem o hábito de trair e colocar essas traições como culpa do outro: “Olha, eu te traí porque você ficou diferente comigo, porque você está muito fria”.
Um caso que acontece sempre é o homem ter brigado o dia todo com a mulher, aí chega à noite e quer ter relação sexual, mas ela nega. Então, ele a trai e ainda diz que fez isso porque ela não tem mais interesse e o jogou nos braços de outra mulher.
Campanha #ElaNãoPediu
Os números são impactantes: pesquisas mostram o crescimento de vítimas de feminicídio e agressões contra mulheres a cada ano no Brasil. De 2017 para 2018, por exemplo, a alta de feminicídios foi de 4%. Em 2017, mais de 221 mil mulheres procuraram delegacias de polícia para registrar agressões em decorrência de um problema social complexo, bastante conhecido, mas pouco debatido: a violência doméstica. Confira os detalhes da campanha organizada pela Catraca Livre aqui: